A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) premiou ontem as marcas que foram líderes de vendas em seus respectivos segmentos ao longo de 2011. Para chegar ao resultado, a consultoria Nielsen coletou informações nos principais supermercados do País, responsáveis por 70% do faturamento do setor, entre janeiro e novembro do ano passado. A premiação englobou 220 subcategorias de produtos, dispostas nas categorias alimentos, alimentos perecíveis, bebidas, higiene, limpeza, bazar e eletroeletrônicos.
A categoria eletroeletrônicos, pela primeira vez no levantamento, que está na 13° edição, foi dividida em 22 subcategorias. A marca Electrolux se destacou em seis delas como a mais vendida (ar-condicionado, aspirador de pó, fogão, freezer, microondas e refrigerador).
Fábio Gomes, da divisão de varejo da Nielsen, chama a atenção para o fato de 44% dos produtos que lideraram as vendas em 2011 estarem na escala mais elevada de preços. Segundo ele, "esse fenômeno é resultado do avanço da classe C".
Segundo Gomes, entre a categoria de alimentos, produtos clássicos, caso do arroz e feijão, perderam espaço nos últimos anos. Enquanto suco pronto, cereal matinal e pão integral, entre outros, avançaram. "O pão integral, por exemplo, hoje responde por 43,5% do mercado de pães de forma", diz Gomes.
Entre as marcas mais vendidas em 2011 há concentração de mercado em algumas categorias, em especial higiene, limpeza e bazar. Em higiene e beleza, por exemplo, destacam-se Johnson & Jonhnson, Procter & Gamble, Unilever e Kimberly-Clark.
Da mesma forma, marcas ícones continuam a liderar as vendas em suas respectivas subcategorias, caso da Gillette, entre os aparelhos para barbear, ou Royal, no caso dos fermentos químicos.
Durante a premiação, Sussumu Honda, presidente da Abras, disse que a perspectiva do setor supermercadista para 2012 é de crescimento real nas vendas entre 3,5% e 4%. Ele destacou o mercado interno brasileiro, que tem sustentado o avanço do setor. "Nos últimos cinco anos o crescimento real das vendas dos supermercados foi de 31%", disse Honda.
Veículo: Diário do Comércio - SP