O varejo de supermercados tem sido cauteloso na composição dos estoques para as vendas de Natal em meio à percepção de uma demanda mais fraca e da alta de custos, porém não se espera que falte produtos em grande quantidade nas gôndolas diante desse menor apetite dos varejistas. A avaliação é do presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda.
"O varejo não vai comprar para sobrar, vai comprar apenas na medida do que enxerga que será a demanda", disse. "Mas acredito que as rupturas de estoque podem ser eventuais, em uma ou outra loja, e não com falta de produtos no mercado como um todo", ponderou o dirigente.
Dólar - A inflação e a volatilidade do dólar tem dificultado a composição dos estoques, diz Honda. Ele lembra que, no caso de produtos importados, alguns pagamentos na internação de produtos importados foram fechados justamente no período do ano em que a moeda norte-americana atingiu um pico, superando os R$ 4. Foi o que aconteceu, segundo o presidente da Abras, com as encomendas de brinquedos pelos supermercados.
"Nos importados, sem dúvida vamos sentir um impacto", disse. "O mercado brasileiro se massificou muito nos últimos anos e o volume disponível de importados para consumo era alto e significativo, mas isso agora é um problema diante da alta de preços", comenta.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG