Setor revisou projeção de crescimento das vendas de 2016 de 0,5% para 1,8%; feira que acontece até esta quarta, no Expominas, deve movimentar R$ 1,45 bilhão em negócios
O setor supermercadista mineiro, que começou o ano estimando um crescimento de 0,5%, revisou as projeções e agora aposta em um aumento de 1,8% nas vendas. Só para o Natal, a expectativa é vender 4,5% a mais em relação a 2015. “Também vamos aumentar o número de contratações temporárias. No ano passado, foram 2.500. Agora, serão 3.000”, destaca o presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Poni.
Segundo o empresário, o setor não sente tanto os reflexos negativos da crise porque, além de vender gêneros de primeira necessidade, acaba absorvendo o consumo de quem antes ia a bares e restaurantes, mas tem preferido comprar e consumir em casa mesmo.
A Amis prevê um faturamento de R$ 34,1 bilhão para 2016. “Já enfrentamos várias crises e estamos enfrentando essa com investimentos em melhorias e tecnologia”, destaca Poni. O setor investiu R$ 250 milhões e gerados 5.000 novos empregos. Foram abertas 50 novas lojas e outras 55 foram reformadas.
Pelas estimativas de negócios a serem gerados no 30º Congresso e Feira Supermercadista e da Panificação (Superminas), o setor conseguirá faturar mais não somente no Natal, mas no encerramento do ano. A expectativa é de movimentar R$ 1,45 bilhão, contra R$ 1,4 bilhão da edição de 2015. “O momento de crise também é de oportunidades. Durante a Superminas, cerca de 340 novos produtos devem ser lançados”, anuncia Poni. A Superminas começou ontem e acontecerá até amanhã, no Expominas. A previsão é a de que 53 mil pessoas, entre fornecedores e visitantes, passem pelo evento durante os três dias de feira.
Corte de custos
Segundo o empresário, a situação exige um olhar mais apurado para a gestão, com corte de custos e investimento em novas tecnologias e eficiência energética. O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, afirma que, diante da escassez de crédito e aumento da inflação, a estratégia do setor é reduzir ao máximo as perdas. “Em 2015, trabalhamos com perdas de 2,26%, que somaram R$ 6,19 bilhões”, afirma. A Abras estima um crescimento de 0,7% para o setor neste ano.
Fonte: Jornal O Tempo