Passado o Natal magrinho de 2015, a expectativa dos supermercados mineiros é de um Papai Noel mais robusto para este ano. A estimativa é de crescimento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado, com a contratação de 3 mil trabalhadores temporários, contra 2,5 mil vagas criadas na última comemoração da data.
Com a ajuda do bom velhinho e a melhora do humor do consumidor, o setor em Minas fechará 2016 com faturamento de R$ 34,1 bilhões e crescimento real de 1,8% nas vendas.
No início do ano, diante do cenário de retração econômica, a previsão era de expansão de apenas 0,5%. Ao todo, o Estado conta com 7.095 lojas, número que já leva em conta as 50 unidades abertas ao longo do ano, com acréscimo de 5 mil postos de trabalho aos 179 mil já existentes.
Os dados foram divulgados ontem pelo presidente da Associação de Supermercados de Minas Gerais (Amis), Alexandre Poni, durante a abertura do 30º Congresso e Feria Supermercadista e da Panificação (Superminas), que acontece até a próxima quinta-feira no Expominas, em Belo Horizonte.
“Esperamos ter saído do momento político e econômico mais conturbado e acreditamos no aumento das vendas no final do ano. Fizemos uma sondagem com os empresários e constatamos que eles estão mais otimistas. O pior já passou”, disse Poni, que é sócio da rede Verdemar.
Panificação
O Natal mais gordo também está nos planos das padarias. Segundo o presidente da Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amipão), João Batista Oliveira, o faturamento do setor durante as comemorações de fim de ano deve crescer 10%, ante igual período de 2015. “Sem dúvida é um dos melhores momentos do nosso ramo, quando aumenta a procura por assados, bebidas alcoólicas e panetones”, afirmou. No entanto, ele diz que não haverá abertura de vagas temporárias.
Para o ano, Oliveira projeta crescimento de 0,5% acima da inflação. “Em 2015, crescemos 8% contra uma inflação de 10%. Então temos motivos para comemorar agora”, disse.
Negócios
Segundo os organizadores da Superminas, o evento deve reunir na 53 mil participantes nos três dias e gerar negócios da ordem de R$ 1,45 bilhão. Vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto diz que os supermercados mineiros vivem uma realidade melhor do que a média nacional. “Até pouco tempo, as regiões Norte e Nordeste estavam crescendo em velocidade maior que Sul e Sudeste, em função do aumento da renda da população. Mas aí veio a crise e a situação se inverteu”, comparou.
No país, o faturamento do setor deve crescer apenas 0,7%. Já as compras natalinas devem engordar as vendas em até 1%.
Fonte: Hoje em Dia