Hipermercado não consegue aumentar venda de vestuário

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Poderia se imaginar que a crise econômica na França tivesse ampliado a clientela de lojas populares de roupas e, sobretudo, dos hipermercados, que passariam a atrair consumidores preocupados com o bolso. Mas não é o caso. "É paradoxal, mas são justamente esses segmentos do varejo têxtil que enfrentam as maiores dificuldades", diz Gildas Minvielle, diretor do Observatório Econômico do Instituto Francês da Moda (IFM).

As vendas de vestuário nos hipermercados franceses (€ 3,8 bilhões), caíram 1,8% em 2011 relação a 2010. Essas lojas são cerca de 15% do faturamento total do varejo de roupas no país, de 24,8 bilhões de euros, segundo o IFM.

"Os hipermercados vêm sofrendo queda no número de visitantes. E a área têxtil não é a principal nesse tipo de loja. Eles também enfrentam a forte concorrência das redes populares de roupas", diz Minvielle. Nos hipermercados Géant, do grupo Casino (sócio do Pão de Açúcar), a queda nas vendas de produtos não alimentares é contínua desde 2007. No ano passado, elas caíram 4,8% e os artigos de vestuário não escapam a essa retração, com performances negativas ligeiramente melhores do que as dos produtos não alimentares em geral, afirma uma fonte ligada ao grupo francês. O Géant possui uma marca própria de roupas, a "Tout Simplement", fabricada por terceirizados em países da Europa, Ásia e do norte da África.

O Carrefour foi a primeira rede de hipermercados a ter uma marca própria de roupas, a Tex, lançada em 1982, com o objetivo de oferecer modelos "básicos indispensáveis". Ao apresentar seus resultados anuais, em fevereiro, a diretoria do Carrefour havia afirmado que as vendas de têxteis nos hipermercados são positivas, mas o grupo não forneceu nenhum detalhe a respeito posteriormente.

Somente as grandes lojas de departamentos - como Galeries Lafayette ou Printemps, que atraem turistas - têm conseguido obter resultados positivos nesse setor na França. No ano passado, as vendas de roupas cresceram 2,5% nesse tipo de loja, graças, sobretudo, aos visitantes chineses e brasileiros.


Veículo: Valor Econômico


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