Rede de lojas de departamentos catarinense prevê chegar a uma receita de R$ 2 bi este ano
A rede de lojas de departamentos Havan, de Santa Catarina, que nasceu em 1986 como um pequeno atacado de tecidos, prepara uma tacada ambiciosa. Pretende chegar ao final do ano com 50 lojas, 14 a mais que no final do ano passado. Para isso, está investindo R$ 200 milhões.
O novo foco da empresa, que teve receita de R$ 1,5 bilhão no ano passado e prevê chegar a R$ 2 bilhões este ano, é o interior de São Paulo. Hoje, a maioria das lojas fica nos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Em São Paulo, Araçatuba e Presidente Prudente foram as primeiras cidades a receber uma filial da Havan. As outras serão São José do Rio Preto e Ribeirão Preto.
O presidente da Havan, Luciano Hang, se mostra entusiasmado com a incursão em São Paulo. Segundo ele, as cidades paulistas foram escolhidas por estarem localizadas em regiões de grande potencial econômico e de consumo.
"São cidades que são polos regionais, em pleno desenvolvimento, e estão localizadas em centros com grande população, o que define o perfil dos nossos investimentos", diz o executivo. O grupo também estuda a expansão em outros Estados, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Importados. A Havan nasceu em Brusque, Santa Catarina, pelas mãos dos sócios Luciano Hang e Vanderlei de Lima (o nome do grupo vem da junção das primeiras letras dos nomes dos sócios). No início dos anos 1990, passou a importar tecidos e produtos de baixo valor agregado, para vender para todo o País. Mas as turbulências vividas pela economia no final da década, principalmente após a desvalorização cambial, fizeram a empresa mudar de rumo.
Em 1999, a Havan se transformou numa loja de departamentos, e teve início seu processo de expansão. A empresa adotou uma identidade visual, no mínimo, impactante: as lojas, em geral espaçosas, têm fachadas que lembram a Casa Branca, a sede do governo dos Estados Unidos, e réplicas da Estátua da Liberdade, símbolo de Nova York, na entrada.
Nas lojas inauguradas este ano no interior paulista, são vendidas desde confecções do polo de Santa Catarina a eletrodomésticos, produtos eletrônicos e utilidades domésticas. Segundo Hang, no total, a Havan oferece em suas lojas um mix com mais de 100 mil itens de produtos nacionais e importados.
O empresário diz que, apesar da crise internacional, a Havan continuará investindo. "O atual cenário econômico afetou todos os setores, e não foi diferente com o varejo, que está sentindo os reflexos da crise. Porém, a Havan tem um projeto para 2012, e esse projeto será mantido até o final do ano. Para 2013, as estratégias poderão mudar, dependendo dos rumos. Mas, por enquanto, mantemos a nossa meta", diz.
Veículo: O Estado de S.Paulo