Ao apresentar vendas melhores nas operações brasileiras, a rede supermercadista francesa Carrefour volta a brilhar e a chamar a atenção do mercado. A empresa computou incremento de 7,7% no primeiro semestre, resultando em 6,15 bilhões de euros à bandeira estrangeira, com aumento também de 7% as vendas no conceito mesmas lojas no País. Diferente do que era esperado, ao se falar nas vendas em nível mundial, a empresa cresceu 0,5% arrecadando o montante de 43,68 bilhões de euros. Os valores apresentados deixam de fora os efeitos cambiais e não somam a venda de combustíveis da rede.
Mesmo com o desempenho positivo dos últimos seis meses, depois de quedas significativas nos trimestres anteriores impulsionadas pelo mercado europeu em recesso, nas lojas comparáveis em operação no exterior a rede apresentou um leve recuo de 0,5% das vendas.
O informativo dos resultados acontece logo após a rede francesa ter freado a sua iniciativa de investir na Índia, uma vez que o país não tem apresentado resultados crescentes de sua economia e anda exposto mundialmente por supostos esquemas de corrupção, conforme dados veiculados em agências internacionais.
A rede varejista, que no Brasil ocupa o posto de segunda maior bandeira em operação, ficando atrás do Grupo Pão de Açúcar (GPA), continuará com seus planos de crescimento em países reconhecidos por suas economias emergentes, como a China e a Indonésia. O Brasil não está de fora desta lista e, conforme seu balanço, tem como grande potencial de crescimento o braço operacional de atacado, o Atacadão, que se tem mostrado rentável.
O formato de hipermercado, uma das características da rede, tem dado resultados positivos ao grupo francês, e em seu balanço, neste segundo semestre continuará também como foco de expansão da rede. Na outra ponta encontram-se a Espanha e a Itália, responsáveis pelas maiores quedas no período apresentado a investidores ontem: 5,9% e 3,4%, respectivamente. O grupo francês disse estar "confortável" sobre lucro antes de juros e impostos (Ebitda, na sigla em inglês) de 2,03 bilhões a 2,09 bilhões de euros, o que significaria queda acentuada que flutuaria entre de 5% a 8%, ao se fazer uma comparação anual.
Recuperação
O grupo Carrefour tem se mostrado disposto a melhorar a imagem anteriormente arranhada por quedas consecutivas em suas vendas, além de fechamento de pontos de vendas nos países em que opera. Tanto que no mês passado a rede francesa comprou 129 pontos de venda da marca Eki, varejista que está em processo de falência na Argentina.
Desde maio sob o comando do experiente Georges Plassat, substituto do executivo Lars Olofsson como presidente mundial da rede e que veio com a missão de fazer a empresa crescer novamente pelo mundo, o Carrefour aponta ter agregado ao seu patrimônio 110 novas lojas de conveniência e mais 19 pequenos mercados, o que ajudaria na estratégia do grupo de reforçar sua liderança em seu setor.
Veículo: DCI