Os rumores de que o empresário brasileiro Abílio Diniz pode negociar sua saída do Grupo Pão de Açúcar (GPA) para adquirir uma participação na gigante francesa Carrefour voltaram a rondar o mercado, mesmo com a cláusula de contrato que prevê a não concorrência entre sócios que possuam no mínimo 10% das ações votantes da Wilkes, holding que controla o GPA.
Especula-se que Abílio teria pedido até US$ 7 bilhões para deixar a companhia. O contrato estabelece que, mesmo saindo do GPA, o empresário teria que esperar três anos para poder concorrer com o grupo.
"A aproximação de Abílio Diniz com o Carrefour não é nova. Isso já desencadeou toda uma crise com o Casino. Quando a confiança está perdida, a melhor solução é desfazer a sociedade", comenta José Eduardo Amato Balian, professor do curso de Administração da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Para o especialista, se Abílio realmente negociar uma participação no Carrefour, quem sai perdendo é o Casino, que tem o controle acionário do GPA. "Seria uma pessoa experiente e com muito conhecimento do grupo que iria trabalhar com o concorrente. Para o Abílio pode ser até uma questão pessoal, uma aventura, e também um grande negócio em si", afirma Balian.
Veículo: DCI