Ao que tudo indica, as metas traçadas pela maior rede varejista do País, o Grupo Pão de Açúcar (GPA), serão alcançadas, apesar de Enéas Pestana, presidente do grupo, afirmar que o mercado não está dos mais fáceis este ano. Em reunião pública ocorrida ontem, o executivo enfatizou o complicado momento do varejo, mas disse que isso não barrará o grupo. "Certamente vamos entregar as metas neste ano, mas o mercado não está fácil."
Ao total, foi investido R$ 1,8 bilhão, montante este em linha com o valor estipulado no começo deste ano. Em 2013, a rede dará atenção especial ao formato de proximidade ou de vizinhança, o Minimercado Extra, que operou bem ao longo deste ano. Segundo Rita Ribeiro de Souza, diretora da divisão Minimercado, a perspectiva é que essa operação ganhará cerca de 100 lojas nos próximos 12 meses.
Neste ano é previsto que essa bandeira pertencente ao Extra feche o ano com 105 pontos de venda, em sua grande maioria concentradas na região de São Paulo (SP). Das 105 lojas do mercado de proximidade, 44 foram de novas operações, e as restantes, oriundas de conversão de bandeira, conforme afirmou Vitor Fagá, diretor de Relações Corporativas e de Relações com Investidores. "Vamos focar no desenvolvimento dessa bandeira nos próximos anos", disse o executivo. A rede também investirá no modelo de atacado com varejo (atacarejo) em 2013.
Para enfatizar o potencial do mercado de vizinhança, José Roberto Tambasco, diretor de negócios do varejo do grupo, disse também na data que é sentido no mercado uma redução nas idas aos pontos de vendas, e isso ajuda o modelo menor de operação, além de ter investimento menor e retorno mais rápido. "O consumidor tem reduzido as idas ao supermercado em cerca de 4%. Nos hipermercados, essa redução é mais significativa, pela existência do supermercado de proximidade", argumentou ele.
Compras de Natal
Como é praxe no mercado, existe uma certa preocupação com as vendas de final de ano. Segundo Enéas Pestana, mais uma vez o consumidor brasileiro fará suas compras na última hora. " Isso acontece porque o peru ocupa espaço na geladeira, então todo mundo deixa para a última hora", disse ele.
Questionado sobre as perspectivas de vendas, Pestana afirmou que, como todo ano, eles estão na expectativa de como esse período será. "Todo ano a gente fica angustiado para saber se vai vender ou não a quantidade que foi planejada."
Veículo: DCI