Pão de Açúcar demite 18 diretores e gerentes

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Desde que o grupo francês Casino assumiu o controle do maior conglomerado brasileiro de varejo, em junho de 2012, já são 21 cortes no alto escalão do grupo


SÃO PAULO - O Grupo Pão de Açúcar (GPA) anunciou ontem a demissão de um total de 18 executivos, sendo 12 diretores e 6 gerentes, apurou o Estado. Do total de desligamentos, 13 ocorreram na holding e na área de varejo de alimentos, e 5 na Via Varejo, que concentra as redes Ponto Frio e Casas Bahia. Desde que o grupo francês Casino assumiu o controle do maior conglomerado brasileiro de varejo, em junho de 2012, já são 21 cortes no alto escalão do grupo. Três vice-presidentes haviam sido desligados em agosto.

As demissões no grupo precisam passar pelo comitê de recursos humanos – uma regra que foi cumprida neste corte, segundo a assessoria de imprensa do GPA. A vice-presidência de gente e gestão da companhia está sendo acumulada pelo presidente do grupo, Enéas Pestana, há cerca de seis meses, desde o desligamento da executiva Sylvia Leão.

Substituições. Além de cortar 18 diretores e gerentes, a companhia também mudou alguns executivos de função. Com a saída de Claudia Elisa Soares, Vitor Fagá entrou no cargo de diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Via Varejo. Fagá, que exercia a mesma função no Pão de Açúcar, será sucedido por Daniela Sabbag. Também na Via Varejo, Ney Santos foi promovido e assume a vice-presidência de TI e Logística, enquanto Jorge Herzog passa a ocupar a vice-presidência de operações.

Em nota, o GPA disse que as mudanças têm o objetivo de simplificar as estruturas e tornar mais ágil a tomada de decisões. A companhia informou que, embora as demissões acarretem reduções em custos, esse não foi o objetivo principal por trás delas. O grupo negou também que a relação dos executivos com Abilio Diniz – que trava uma disputa com o sócio Casino há quase dois anos – tenha qualquer relação com as escolhas feitas.

O atual modelo de gestão da companhia – que inclui a holding e mais cinco subsidiárias – foi criado há três anos, justamente quando Pestana assumiu a presidência do grupo. Os objetivos foram desenhados com a anuência de todos os executivos. A principal meta da companhia era encontrar oportunidades de sinergia dentro de uma estrutura de negócios múltiplos, evitando, por exemplo, que uma função existisse em mais de uma empresa, a não ser que fosse necessário.



Veículo: O Estado de S.Paulo


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