Empresa francesa nega boatos sobre nova venda de ativos e diz que será a maior nos mercados em que atua
O Carrefour informou ontem que aumentará o investimento neste ano, com o novo presidente- executivo, George Plassat, visando a renovar o maior varejista europeu após vender vários ativos para reduzir dívidas. Plassat, afirmou, no entanto, que a rede não planeja listar ações da unidadeAtacadão ou fazer qualquer outra abertura de capital no Brasil, conforme especulado depois que a empresa, como parte da estratégia para levantar dinheiro e defender posições na Europa Ocidental, China e Brasil, deixou alguns países e conseguiu ¤ 2,8 bilhões em 2012 vendendo unidades na Indonésia, Colômbia e Malásia.
O plano de Plassat, aliás, é outro, se tornar a maior rede nos mercadosemque atua - umgrande desafio no que se trata do Brasil, onde a empresa também vive uma crise institucional, ao ponto de sequer ter porta-voz para falar em nome da companhia. A segunda maior varejista do mundo, atrás doWalmart, viu o lucro principal em 2012 cair menos do que analistas temiam, já que a força dos negócios na América Latina ajudou a amortecer a queda na demanda na Espanha e Itália, países afetados por políticas de austeridade.
O Carrefour ainda luta para solucionar a baixa performance na Europa, onde os hipermercados têm sido afetados pela competição com lojas especializadas e pela tendência de comércios local e online. A rede varejista francesa investirá de ¤ 2,2 bilhões a ¤ 2,3 bilhões neste ano, ante ¤ 1,5 bilhão em 2012 e acima da expectativa de analistas, de ¤ 1,95 bilhão. O lucro operacional em 2012 caiu para ¤ 2,1 bilhões, acima dos ¤ 2,0 bilhões que analistas previam em pesquisa da Thomson Reuters. Georges Plassat, ainda planeja aumentar as despesas de capital para reconquistar participação no mercado doméstico. Seus objetivos incluem melhorar a percepção de preço, remodelar lojas, ampliar a oferta da mercearia multicanal e continuar investindo na expansão na América Latina e na Ásia.
Nenhuma melhoria
Mas Plassat afirma que é improvável que o ambiente econômico melhore em 2013. Apesar de ter saído de alguns mercados e afirmar não vai abrir mão dos negócios no Brasil, a rede ainda enfrenta problemas com alguns mercados,onde tem uma jointventure com um parceiro local. A situação permanece a mesma. “É razoável que devemos dedicar mais tempo para para uma estratégia adequada para este mercado”, disse. Na Polônia, há a expectativa de o mercado se consolidar em um ou dois anos, uma vez que o Carrefour, e três ou quatro rivais, lutam para garantir a posição número dois, disse o CEO.
Veículo: Brasil Econômico