O Grupo Pão de Açúcar anunciou ontem a expansão da operação do site da rede Extra, que passou a funcionar como espécie de shopping on-line, com a venda de produtos de diferentes lojas na página da varejista. Chamado no mercado americano de "market place", esse modelo de operação foi criado com a intenção de colocar outras redes - de sapatos, roupas, produtos de escritório, entre outros - num único ambiente virtual por meio do fechamento de parcerias com essas lojas.
"O consumidor passeia pelo site, escolhe os produtos e coloca a compra num único carrinho. Ao final, ele paga em uma só fatura", disse German Quiroga, presidente-executivo da Nova Pontocom, empresa do grupo responsável pelos negócios on-line do GPA. "O antigo slogan do Jumbo, do alfinete ao helicóptero, é de certa forma o que queremos. Vender tudo o que é possível", disse José Roberto Tambasco, vice-presidente de negócios do grupo. Foi feito um investimento de R$ 10 milhões em tecnologia e em marketing para esse projeto.
A princípio, existem 24 lojas hospedadas no novo site, entre elas, a Bebê Store, Meu Amigo Pet e Gimba. O grupo Pão de Açúcar ganha uma porcentagem sobre a venda realizada pela loja. A entrega é feita por cada site, e não pelo Extra, que fará o atendimento ao cliente, e o contato com o parceiro, caso ocorra algum problema no recebimento. Alimentos também devem ser vendidos em algumas praças. "Hoje vendemos alimentos pelo site do Extra em São Paulo e no Rio de Janeiro, e a ideia é ir para outras cidades, como Brasilia e Fortaleza", disse Tambasco.
Já há empresas de varejo no Brasil atuando dessa forma. A Rakuten, por exemplo, varejista on-line japonesa, vende em seu site no Brasil em parceria com mais de 200 lojas - e explora mundialmente esse modelo. A Credicard e a CompraFacil se uniram em 2012 para criar um shopping on-line no país.
Veículo: Valor Econômico