Empresa faz ajuste sobre fusão Ponto Frio/Casas Bahia; descontado o impacto, lucro avança
Maior rede varejista brasileira, o Grupo Pão de Açúcar terminou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 77 milhões,68,6% a menos que os R$ 245 milhões registrados no mesmo período de 2012.
O resultado foi impactado por um ajuste de R$ 67 milhões de contas relacionado à fusão Ponto Frio/Casas Bahia, como adiantou a Folha em maio, e por uma série de provisões para perdas trabalhistas e tributárias.
Ao todo, essas despesas somaram R$ 350 milhões.
Descontado o impacto, no entanto, a varejista surpreendeu com resultado recorrente de R$ 327 milhões --alta de 35,8% ante o segundo trimestre de 2012-- em meio a um cenário considerado pelos gestores "desafiador", de inflação e juros maiores e perspectivas mais modestas de crescimento da economia.
"Não dá para ignorar que esse cenário tenha reflexo no comportamento do consumidor e no crédito. Mas é difícil dizer se esses efeitos são tangíveis [nas vendas]. As vendas cresceram acima da inflação e ganhamos participação de mercado", diz Christophe Hidalgo, diretor financeiro.
No conceito mesmas lojas, que exclui o impacto de unidades abertas, o Pão de Açúcar teve crescimento de 7,2% nas vendas dos supermercados (varejo alimentar) e de 6,8% na Via Varejo (não alimentar) no primeiro semestre ante o mesmo período de 2012.
A contabilidade semestral neutraliza o impacto da Páscoa, período importante de vendas, que em 2012 caiu no segundo trimestre, e, neste ano, no primeiro.
Veículo: Folha de S. Paulo