Mesmo com horário reduzido, estabelecimentos registraram alta de 40% nas vendas no primeiro dia do Mundial
O comércio de Belo Horizonte, que na última quinta-feira encerrou as atividades mais cedo devido à abertura da Copa do Mundo e estreia da seleção brasileira na competição, reclama dos prejuízos acumulados. No entanto, o mesmo não foi observado nos supermercados, que no dia registraram crescimento de até 40% nas vendas. A alta foi impulsionada pela maior comercialização de bebidas, carnes, pipocas e outros petiscos e superou as expectativas de grande parte dos empresários.
No supermercado 2B - Bom e Barato, localizado no bairro Prado (região Oeste), o aumento foi de 9%, sendo que o consumo de alguns produtos, como a cerveja, chegou a dobrar. "O movimento foi intenso e melhor que o esperado. Reforcei o estoque e pensei que a quantidade seria suficiente para atender à demanda dos dois primeiros jogos. Mas, ele se esgotou logo na estreia e eu já precisei fazer uma nova encomenda", comemora o proprietário, Gilson de Deus Lopes.
A loja abriu as portas no horário normal, às 8hs. O expediente foi interrompido meia hora antes do confronto com a Croácia, retomado 15 minutos após o término e se encerrando definitivamente às 20hs. "Pensamos que quase ninguém viria ao supermercado depois da partida, mas recebemos um volume considerável de clientes. Acredito que o bom desempenho se repita nos demais jogos da primeira fase e seja ainda maior, caso o Brasil avance para as etapas seguintes", prevê.
No Supermercado Frigotudo, localizado em Pompéu (região Central), a variação positiva foi mais expressiva, alcançando 40% sobre dias comuns. O proprietário, Renato Magela de Oliveira, ficou surpreso com o tráfego intenso de consumidores ao longo de todo o dia. "Eu esperava crescimento de até 10%. Isso porque o brasileiro estava muito receoso em relação à Copa, já que muitas foram as notícias relacionadas à corrupção e obras inacabadas. Mas, agora a tendência é que a emoção tome conta da razão, e os torcedores certamente vão se empolgar mais a cada partida", avalia.
A rede ABC, com 25 lojas espalhadas por 13 municípios mineiros, registrou expansão de 30% nas vendas e fluxo de compradores nos supermercados, mesmo fechando as portas meia hora antes do jogo e não reabrindo mais. Segundo o diretor comercial, Ronaldo Peixoto, o avanço projetado era de 20%. "Apostamos em várias ações promocionais para estimular a venda de produtos relacionados ao evento, que surtiram efeito", diz.
No Super Nosso, com 16 lojas na Capital e municípios das regiões metropolitana e central, as vendas, em geral, cresceram 15%, sendo que alguns produtos tiveram maior destaque. A comercialização de cerveja aumentou 20% e de aperitivos, carnes, amendoins e acompanhamentos, 30%. Os índices atenderam às projeções. "Acompanhamos pesquisas feitas anteriormente, que demonstraram que a maioria das pessoas pretendia assistir aos jogos em casa. Por isso, nos preparamos para atender à demanda e oferecer um bom atendimento", afirma a diretora de Marketing, Rafaela Nejm.
Veículo: Diário do Comércio - MG