O Grupo Pão de Açúcar (GPA) anunciou publicamente nesta quarta-feira (30/3) a alteração na política de compra de carne bovina e um plano de ação para monitorar e bloquear fornecedores que desrespeitam o meio ambiente e os direitos humanos na Amazônia. A iniciativa é uma resposta a um relatório feito pela ONG Greenpeeace em novembro do ano passado que apontou que as principais redes de supermercados do Brasil não garantiam a origem da carne bovina vendida a seus clientes. O GPA foi o pior avaliado.
Algumas das medidas anunciadas pelo Grupo são a implantação de um programa de 100% de transparência em relação a origem da carne comercializada, o bloqueio de fazendas envolvidas com desmatamento, trabalho escravo e a criação de ferramentas para apoiar a produção responsável de frigoríficos (conheça todas as medidas apresentadas). As mudanças devem ser colocadas em prática até junho deste ano.
O Greenpeace espera que a atitude do GPA sirva de exemplo para os demais supermercados, como o Carrefour, por exemplo, que obteve a segunda pior avaliação no ranking.
Carne ao molho Madeira
O relatório de novembro avaliou sete das maiores redes de supermercados do país de acordo com a origem da carne bovina. Intitulada de “Carne ao Molho Madeira”, a campanha analisou os seguintes itens: política (compromisso de longo prazo da empresa com as compras sustentáveis),critérios de adoção dessa política (o que é considerado para a compra de carne) e transparência (fornecimento de informações aos clientes).
As companhias que apresentassem entre 70% e 100% na ponderação dos três quesitos teriam avaliação positiva. Na época, somente quatro empresas forneceram informações à Organização e nenhuma delas alcançou os valores mínimo desejados.
Veículo: Site Globo Rural