O GPA está lançando nas unidades do hipermercado Extra um espaço dedicado às compras feitas pelo e-commerce. O chamado e-store terá prateleiras com os produtos mais comprados, facilitando a logística de entrega das compras online, já que não haverá dependência de um centro de distribuição posicionado fora das cidades e em pontos mais distantes.
O e-commerce do GPA cresceu 30% no terceiro trimestre do ano, com novos formatos de loja e centros de distribuição alternativos. A empresa busca se adaptar a esta alta demanda. O objetivo destes pontos de abastecimento é atender aos pedidos online das bandeiras Pão de Açúcar e Extra. Futuramente, deverá abastecer também os entregadores do aplicativo James Delivery. “O cliente está cada vez mais impaciente para receber o que compra pela internet”, disse Rodrigo Pimentel, diretor de e-commerce do GPA.
A primeira loja a receber o depósito foi o Extra Hiper Barra, no Rio de Janeiro. Belo Horizonte e Brasília irão receber o novo espaço no início de 2020. Estes depósitos terão mix diferente do dos supermercados. Ele é menor e visa atender às compras do comércio eletrônico, que costumam ser complementares, mas não iguais às dos mercados físicos.
Os itens adquiridos mudam conforme a bandeira. No Pão de Açúcar, os mais procurados são bebidas alcóolicas e produtos de limpeza. No Extra são produtos de uso recorrente, como papel higiênico e mercearia básica. As compras não envolvem prazer e não precisam ser feitas em loja.
A solução do e-store foi pensada para cidades que não têm uma demanda de comércio tão grande, sendo o caso do Rio de Janeiro. Estes locais não possuem centros de distribuição voltados exclusivamente para o e-commerce, nem lojas preparadas para atender os pedidos online.
Em São Paulo, onde a demanda das vendas pela internet é muita alta, há um CD semi-automatizado, com 27 mil metros quadrados, voltado para o e-commerce. Além disso, na cidade, 80 lojas estão preparadas para atender pedidos feitos online. Ao todo, no Brasil, são mais 114 lojas com esta estratégia para o digital. Em 2020, serão 200.
“O crescimento da modalidade do clique e retite é muito acelerado, pois não tem cobrança de frete, uma das barreiras do comércio eletrônico. Para nós, também é bom, pois o cliente pode lembrar de outro item que precisa comprar”, afirmou Pimentel.
A fim de reduzir ainda mais o tempo de entrega, a companhia lançou um app que calcula o percurso que deve ser feito entre as estantes para retirar todos os produtos. No momento, a modalidade de delivery mais rápido é o Express, que tem tempo máximo de quatro horas. Com os e-stores, a empresa prevê cortar este prazo para duas horas.
Fonte: Mercado e Consumo