Setor do plástico pretende profissionalizar reciclagem

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Foi lançado ontem o Sersa (Selo de Responsabilidade Sócioambiental) das indústrias de reciclagem de plástico - que são as empresas que compram o resíduo (por exemplo, garrafas PET usadas), fazem a separação, lavagem e moagem, gerando granulados, prontos para entrar no processo fabril dos transformadores (fabricantes de peças e embalagens plásticas).

 

O Sersa é um certificado, resultado de acordo entre o Sindiplast (Sindicato da Indústria do Plástico no Estado de São Paulo) e a Fequinfar (Federação dos Trabalhadores em Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo), para dar visibilidade a empresas do ramo que atuam dentro da lei, recolhendo impostos e contribuições trabalhistas, e que também adotam processos produtivos que respeitam o meio ambiente.

 

Segundo o presidente do Sindiplast, Ricardo Max Jacob, a ideia é passar mais credibilidade às recicladoras realmente idôneas, separando-as das que não cumprem os requisitos legais ou que não estão ajustadas a práticas ambientalmente corretas, e também estimular a profissionalização no setor.

 

Ele cita que ainda há muitas na informalidade, o que acaba gerando dificuldades para a imagem do segmento, por exemplo, com outras indústrias que adquirem esse material.

 

O gerente de relações institucionais do sindicato, Gilmar do Amaral, acrescenta que o Sersa poderá trazer vantagens para recicladoras, que terão sua atividade reconhecida pelo mercado; para as empresas transformadoras (que adquirem a matéria-prima reciclada), que terão mais segurança da origem do material; e para os trabalhadores, que terão seus direitos trabalhistas respeitados.

 

Atualmente, são mais de 600 empresas que atuam nesse mercado no País, gerando em torno de 7.000 empregos. E de acordo com os últimos números disponibilizados pelo Sindiplast, referentes a 2007, a atividade recuperava cerca de 962 milhões de toneladas anuais de plástico, movimentando R$ 1,8 bilhão.

 

REQUISITOS - Amaral cita ainda que a adesão ao selo é aberta a todas as companhias recicladoras no Estado que cumpram os requisitos exigidos, como, por exemplo, ter contrato social, CNPJ, inscrição estadual, licenças da Cetesb e alvará de funcionamento da prefeitura, selo de segurança na moagem, certidão negativa do FGTS, entre outros.

 

Veículo: Diário do Grande ABC


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