Pouco mais de 19% dos plásticos consumidos no país foram reciclados no ano passado, segundo estudo da consultoria especializada MaxiQuim. No ano anterior, a parcela era de 17,9%.
O Brasil fica abaixo de países como Alemanha (34%), Suécia (33,2%) e Bélgica (29,2%). O índice brasileiro não chega a ser considerado baixo porque se refere à reciclagem mecânica, que é a transformação para reaproveitamento do produto.
O que deixa a desejar é a reciclagem energética, em que o produto é reutilizado para geração de energia. "A energética usa o plástico que não se pode limpar. Há muitos países na Europa onde ela supera a mecânica. No Brasil, nem temos esse tipo de reciclagem. Precisamos avançar na regulação do setor", afirma Solange Stumpf, da MaxiQuim. A capacidade instalada da indústria de reciclagem, de 64,5%, ilustra o potencial do país, na esteira da Política Nacional de Resíduos Sólidos sancionada pelo governo no ano passado.
Menos de 10% dos municípios brasileiros, porém, possuem coleta seletiva estruturada, segundo o presidente da Plastivida (associação do setor), Miguel Bahiense.
"Depende de outros fatores, além da preparação da indústria, como a consciência da população e a coleta das prefeituras", diz. Materiais como latas de alumínio têm índices acima de 90%, segundo Stumpf. Entre os setores que mais consomem estão têxteis, produtos domésticos e calçados.
Veículo: Folha de S.Paulo