Os fabricantes de sacolas plásticas já sentiram os primeiros efeitos do acordo entre as entidades representantes dos supermercados e os governos da cidade de São Paulo e estadual com o objetivo de restringir a distribuição gratuita do produto no varejo local.
Desde dezembro, grandes redes varejistas interromperam as encomendas. Em resposta à queda das vendas, algumas fabricantes do produto já anunciaram as primeiras demissões, situação que também deve atingir o setor de máquinas utilizadas no segmento. "Há mais de um mês as empresas suspenderam as compras e as demissões já começam a criar apreensão nos sindicatos", destaca o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), Alfredo Schmitt, sem quantificar o número de demitidos.
O consumo de sacolas plásticas no Estado de São Paulo movimenta aproximadamente R$ 200 milhões por ano, segundo estimativas de especialistas do setor. São utilizadas cerca de 6 bilhões de sacolas no Estado, o equivalente a quase 40% do mercado nacional. Por isso, a indústria teme que o fim da distribuição gratuita nos supermercados de São Paulo possa atingir um grande número de pessoas.
Estimativas da Plastivida, entidade que defende o uso apropriado do plástico, indicam que o mercado de sacolas responde por aproximadamente 30 mil empregos diretos e 80 mil indiretos no País. A restrição também pode atingir os trabalhadores responsáveis pelo empacotamento de mercadorias nos supermercados, diz o presidente da entidade, Miguel Bahiense.
Veículo: DCI