Base de computadores dobra até 2014

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Renda mais alta garantirá volume de vendas nos próximos quatro anos semelhante ao das últimas três décadas, prevê FGV

 

A base ativa de computadores corporativos e domésticos em uso no Brasil deverá atingir a marca de 140 milhões de máquinas até 2014, o que representará praticamente o dobro da marca atual, de 72 milhões. Caso a projeção seja concretizada, o País contará com dois computadores para cada três habitantes, ante o patamar atual de cerca de dois para cada cinco. Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Uso da Informática, divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

"O mercado vai vender nos próximos quatro anos praticamente o mesmo volume dos últimos 30 anos", afirmou o coordenador da pesquisa, Fernando Meirelles, professor da FGV. Segundo o especialista, o crescimento será puxado pela expansão da base máquinas voltadas ao uso doméstico, em razão do aumento da renda, sobretudo na classe C, mas também pelo avanço da informatização entre as pequenas e médias empresas.

 

Meirelles justificou ainda o forte potencial de crescimento da venda de computadores no Brasil nos próximos anos pela baixa penetração per capita entre a população, que está na média de 37%, ante 100% dos Estados Unidos. A previsão da FGV é de que o País atinja a marca de 100 milhões de máquinas em 2012, quando, na média, metade da população terá um computador. "O Brasil foi um dos poucos países a não registrar queda nas vendas no ano passado", destacou.

 

A pesquisa apontou ainda uma elevação da participação de gastos e investimentos em informática por parte de médias e grandes empresas nacionais privadas em relação ao faturamento líquido. De acordo com o levantamento, essa fatia atingiu 6,4% no ano passado, ante 6% de 2008. A expectativa de Meirelles é de que este patamar evolua para cima de 7% nos próximos anos. "Os investimentos serão concentrados na reposição e atualização dos atuais sistemas", disse.

 

Segundo a pesquisa, os gastos e os investimentos em tecnologia vêm crescendo à média de 5% desde o ano de 2005. As maiores taxas de crescimento são originárias das empresas que apresentam um menor grau de informatização e do setor de serviços - que registra gastos e investimentos correspondentes a aproximadamente 9% da receita líquida.

 

Outro segmento com altas taxas de avanço nos investimentos e gastos em tecnologia é o de comércio, com um crescimento médio anual de 9%. Isso acontece em razão do processo de automação e implementação de códigos de barra implementados nos últimos anos. Conforme o levantamento, entre 2001 e 2009 a fatia dos gastos em relação a receita líquida passou de 2% para 2,8%.

 

Veículo: Brasil Econômico

 


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