Pelo site, varejista planeja expandir movimento a ponto de duplicar a receita este ano em relação a 2009
A loja virtual do Walmart Brasil tem metas ousadas para 2010, de duplicar as vendas até o fim do ano. Para isso, a rede aposta em estratégias como aumento do número de produtos ofertados, preço competitivo e atendimento de qualidade. Uma das etapas do processo é expandir as vendas on-line de alimentos para as principais capitais do país. Por enquanto, essa modalidade funciona apenas em Curitiba e Porto Alegre, por meio das bandeiras Mercadorama e Nacional. Em São Paulo, o plano terá um concorrente de peso, o Pão de Açúcar, único entre grandes varejistas a vender alimentos pela internet.
Segundo o diretor de ecommerce do Walmart, Flávio Dias, até o fim do ano, o site irá ofertar mais de 100 mil itens, distribuídos por 22 categorias. “No início da operação, em outubro de 2008, eram 10 mil produtos separados em 11 categorias. Atualmente são 50 mil itens em 17 categorias, o que mostra o potencial de crescimento do site”, diz Dias.
Aposta no on-line
O comércio eletrônico nacional faturou cerca de R$ 10,6 bilhões em 2009 e a perspectiva é de crescimento de 30% em 2010, segundo levantamento da empresa de pesquisa de mercado e-bit. O uso da internet pela classe C, o aprimoramento dos lojistas e, principalmente, o aumento da concorrência on-line devem contribuir para essa alta.
De acordo com Dias, hoje, as categorias que mais contribuem para o bom desempenho nas vendas são informática, eletrônicos e eletrodomésticos, respectivamente. E a empresa tem conseguido aumentar as vendas, em especial, pela política agressiva de preços. Segundo Dias, há muitos casos emque os produtos vendidos pela internet são mais baratos dos que nas lojas físicas.
“São canais diferentes e isso pode acontecer. É outro tipo de concorrência”, afirma Dias, que garante que o Walmart não compromete a margem de lucro para atender os clientes. Segundo ele, os preços menores são fruto de negociações.
No primeiro ano de funcionamento, o resultado do portal superou a expectativa da empresa. “Alcançamos um volume de vendas 2,5 vezes maior do que o esperado ao completar um ano de atuação”, afirma Dias. Ele conta que alguns investimentos tiveram de ser antecipados. “Foi necessário antecipar a abertura de um centro de distribuição que estava previsto para 2011. Agora, São Paulo conta com dois centros para dar conta da demanda”, afirma o diretor. “Nosso índice de primeiras compras é alto e os tíquetes tem valores cada vez mais elevados. Isso mostra o potencial de consumo dos brasileiros e também a confiança deles na rede mundial de computadores.”
Veículo: Brasil Econômico