Brasileira de comércio via internet entra no México

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Netshoes, que vende artigos esportivos on-line, também atua na Argentina



Líder do segmento no Brasil planeja alcançar, em menos de cinco anos, o primeiro lugar também nesses 2 países

Atual líder no mercado doméstico de comércio eletrônico, com 5,9 milhões de visitantes únicos em setembro -seguida por Americanas (5,3 milhões) e Submarino (4,6 milhões)-, a brasileira Netshoes lança hoje operações no México.

Com esse movimento, a companhia, que vende artigos esportivos pela internet, dá mais um passo na estratégia de internacionalização. O plano ganhou suporte a partir da entrada do fundo Tiger Global na empresa em 2010, quando comprou uma participação minoritária do capital do grupo por valor não revelado.

No início deste mês, a Netshoes já havia anunciado entrada na Argentina, com investimento de US$ 17 milhões no primeiro ano de atuação. No México, serão US$ 22 milhões.
"Queremos alcançar a liderança também nesses novos mercados em menos de cinco anos", afirma Roni Cunha Bueno, diretor de marketing da Netshoes.

A Folha apurou que a empresa faturou R$ 400 milhões em 2010 e deve fechar 2011 com R$ 600 milhões. A equipe mexicana terá 45 funcionários locais -principalmente no setor de atendimento. No Brasil, 30 pessoas vão dar suporte em áreas como marketing e tecnologia.
"A exemplo dos argentinos, os mexicanos passam muitas horas na internet, mas praticamente não há cultura de comércio eletrônico nesses mercados", diz.

O "e-commerce" brasileiro gira cerca de US$ 13 bilhões ao ano, cinco vezes o volume mexicano (US$ 2,6 bilhões). No México, a Netshoes vai adotar a mesma estratégia aplicada na Argentina: não só os funcionários serão locais mas também os fornecedores e os distribuidores. No Brasil, o centro de distribuição da Netshoes é administrado pela própria empresa.
"O maior desafio é saber respeitar as culturas dos mercados em que estamos entrando", diz Bueno. "No México, por exemplo, o tratamento ao consumidor na central de atendimento é muito mais formal que no Brasil."

MEIOS DE PAGAMENTO

Um dos desafios na empreitada mexicana, de acordo com a Netshoes, é o baixo percentual da população com acesso a serviços financeiros (cerca de 25%) e cartão de crédito (pouco mais de 10%).
"Claro que a tendência é que esses números cresçam", diz Rafael Flores, diretor-geral da empresa no México. "Vamos oferecer, além da possibilidade de pagamento via cartão, opções como o Oxxo, uma espécie de boleto que pode ser pago nas lojas de conveniência da rede."


Veículo: Folha de S.Paulo


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