35,5% dos e-mails não são entregues

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Índice do país é bem superior à média global de 23,5% e está entre os piores.

Apenas 64,5% dos e-mails comerciais foram entregues nas caixas de entrada dos brasileiros no segundo semestre de 2011. É o que concluiu o "Estudo Global de Entregabilidade de E-mail, Segundo Semestre de 2011", realizado pela Return Path, companhia líder mundial em certificação de e-mail e monitoramento de reputação, que analisou dados de 1,1 milhão de mensagens e 142 provedores de acesso (ISPs) de 34 países na América do Norte, Central e América Latina, Europa, África, Ásia e Ásia-Pacífico entre julho e dezembro de 2011.

Comparado com o primeiro semestre, a melhoria foi de irrisório 0,5%, período em que a entregabilidade das mensagens foi de 64%. Do total dos e-mails trafegados no país, 22,4% foram direcionados para pasta de spam ou lixo e 13,1% foram bloqueados pelos provedores (ISPs). A média mundial, indica o levantamento, foi de 76,5% dos e-mails sendo entregues aos destinatários, o que coloca o Brasil entre os países com os índices mais baixos de entregabilidade.

Liderança - "O Brasil continua sendo um dos países com uma das piores taxas de entrega de e-mail do mundo. Este levantamento mostrou, mais uma vez, que os profissionais de marketing seguem enfrentando sérias dificuldades na adoção das melhores práticas para envio de mensagens, o que reduz o alcance das campanhas de e-mail marketing junto aos destinatários", assinala o diretor-geral da Return Path no Brasil, Louis Bucciarelli. "A conclusão é que há uma enorme oportunidade para as empresas que trabalham com e-mail marketing de melhorar sua reputação, aumentará a taxa de entregabilidade, e mostrar melhores resultados a cada campanha", completa.

"Nosso estudo mostrou que as empresas estão enfrentando sérias dificuldades para entregar seus e-mails, os ISPs estão ficando cada vez mais exigentes em relação às métricas de reputação e, com o contínuo crescimento no número de empresas que usam e-mail marketing, estamos vivenciando tanto uma explosão no volume de mensagens quanto o aumento nos remetentes que não seguem as boas práticas para envio, o que está resultando em taxas menores de entregabilidade", diz o CEO da Return Path, Matt Blumberg.

O estudo global mostra também que na comparação entre os dois períodos, a região América Central e Latina (Cala) foi a que apresentou o melhor desempenho, passando de 62% para 72% de incremento na taxa de entregabilidade, porém, no caso do Brasil o índice praticamente não se alterou. "O Brasil ficou abaixo, por exemplo, da Ásia-Pacífico, região com o pior índice, que registrou 66,5% de e-mails ingressando nas caixas de entrada", observou Bucciarelli.

Uma grande novidade desse estudo foi a análise da entrega de e-mails considerando os segmentos da economia brasileira. Dentro do cenário local, a indústria de games foi a que registrou o pior índice de entrega de e-mails no Brasil (apenas 40,1%), seguida por saúde (68,6%), telecomunicações (76,9%), varejo (79,4%), redes sociais (87,4%) e bancos (94,8%).

Spam - O cenário mundial também não apresentou resultados positivos, segundo o levantamento da Return Path. Historicamente, as taxas globais de entrega das mensagens foram de cerca de 80%, com um em cada cinco e-mails sendo direcionados para pasta de spam ou bloqueados. O estudo mostra que, pela primeira vez em três anos, houve uma sensível queda de 6% no segundo semestre do ano passado, trazendo a média global para 76,5% contra 81% no primeiro semestre de 2011, a pior já registrada desde que o estudo começou a ser feito pela companhia.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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