Maioria dos consumidores já fez compras pela internet

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Os empresários que ainda não planejam expandir seus negócios para a internet devem começar a mudar de ideia. Isso porque pesquisa divulgada ontem, pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), indica alterações no comportamento do consumidor. Segundo o levantamento, a maioria dos entrevistados (55,2%) realizou alguma compra na web nos últimos 12 meses. A preferência pelas aquisições pela rede mundial se justificam pela conveniência (28,6%) e preços mais baixos (19,7%).

 

O supervisor de pesquisa do Departamento de Economia da Fecomércio Minas, Eduardo Angelo Gonçalves Dias, revela outros dados animadores para o segmento. De acordo com ele, em 2000, o mercado consumidor virtual era composto por 1 milhão de pessoas. Uma década mais tarde, o número subiu para 23 milhões. Além disso, há 12 anos, vendas online movimentavam R$ 500 milhões em negócios e, em 2010, tiveram um salto para R$ 300 bilhões.

 

"Quem vendia pela internet no início do século era tido como inovador. Mas, daqui a algum tempo, o que antes era diferencial vai se transformar em elemento crucial para quem quiser manter a lucratividade. Vender pela internet é bom para a empresa, que consegue poupar com aspectos como logística e manutenção", avalia Dias. O especialista acrescenta que o crescimento do comércio virtual está em consonância com a expansão da internet banda larga. Atualmente, 74,1% acessam a rede mundial de computadores por meio desta modalidade de conexão.

 

Outro dado que corrobora a opinião de Dias é a presença da web na vida das pessoas. A maior parcela (53,5%) afirma que acessa a internet diariamente. Entre eles, a maioria (26,1%) navega, em média, de cinco a dez horas por semana. O local de acesso mais citado é a residência, com 53,8% das respostas.

 

Contudo, um aspecto se mantém semelhante entre as lojas físicas e virtuais: a preferência pelo cartão de crédito como forma de pagamento. O dinheiro de plástico, parcelado, é o mais utilizado, com 72,7%, no comércio online. Em seguida aparecem boleto bancário (12,5%), cartão de crédito à vista (11,9%) e depósito bancário (2,8%). O tíquete médio da maioria (27,2%) varia de R$ 50 a R$ 100.

 

Os insatisfeitos também recorrem cada vez mais à internet para solucionar seus problemas. Apesar de apenas 15,8% terem utilizado a rede mundial de computadores para fazer algum tipo de queixa, Dias frisa que o número está em ascensão. O endereço mais usado é o "reclaqueaqui.com", 41,4%. As redes sociais detêm uma parcela significativa da preferência. Isso porque, em segundo lugar está o Twitter, 17,2% e em seguida o Facebook, 12,1%. Os empresários devem ficar mais atentos às necessidades de seus clientes, pois, entre os que reclamaram, apenas 29% receberam algum tipo de posicionamento da companhia em questão.

 

A pesquisa da Fecomércio Minas ressalta outra mudança introduzida pela internet no comportamento do consumidor. Agora, antes de ir às compras, ele tende a pesquisar os preços praticados pelos estabelecimentos na web. Entre os que comparam os preços, quase a metade (49,5%) diz que se conecta para saber quais lojas estão com produtos mais baratos. O site de busca de pesquisa de preços mais requisitado é também o principal site de busca. O Google detém 49,4% da preferência. Logo depois, aparecem Buscapé, 25,1% e Bondfaro, 11,7%.

 

A expansão do comércio eletrônico, também tem seus aspectos negativos. Entre eles, estão um maior risco de endividamento. Vale lembrar que em abril, o índice, divulgado pelo Banco Central (BC) ficou em 7,6%, bem próximo à alta histórica de 7,7%. A Fecomércio Minas identificou que 71,6% acreditam que o comércio eletrônico contribui para a aquisição de novos débitos.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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