Vendas on-line devem crescer 25% em 2013, prevê e-bit

Leia em 4min

Retomada do crescimento econômico e aceleração das vendas de dispositivos móveis alavancam faturamento do setor .



As vendas on-line devem crescer 25% neste ano em relação a 2012, de acordo com previsão da e-bit, empresa especializada em informações do setor. Um levantamento divulgado ontem mostra que o e-commerce brasileiro deve faturar R$ 28 bilhões em 2013, em função da retomada do crescimento econômico e da aceleração das vendas de dispositivos móveis como tablets e smartphones.

A diretora de negócios da e-bit, Cris Rother, acredita que mais brasileiros vão aderir aos dispositivos móveis em razão da redução dos preços, conforme aponta o índice Fipe/Buscapé, e pela maior oferta de pacotes de banda larga com valores mais acessíveis. "A cada ano vemos maior adesão dos brasileiros a dispositivos móveis. Somente em 2012 a queda de preços dos celulares em comparação a 2011 foi de 13,41%", explica Cris Rother.

Ela avalia que o crescimento da classe C também deve contribuir para o aumento do faturamento do setor já que, aproximadamente, 56% dos novos entrantes pertencem a esse grupo. Por outro lado, o endividamento das famílias pode prejudicar as vendas on-line. "Em novembro, por exemplo, 59% das pessoas disseram estar endividadas, sendo que e 6,8% declararam que não terão como pagar as dívidas, o que acaba refletido também no e-commerce. Caso esse endividamento fosse menor, o e-commerce poderia crescer ainda mais", disse.

Cris Rother afirma que a aposta deste ano está focada na venda de televisores, puxada pela Copa das Confederações. "Vimos em 2010 um movimento muito forte na venda de eletrônicos, especialmente TV’s de LED e tela fina, por conta da Copa do Mundo. Em 2013, teremos a Copa das Confederações, o que pode antecipar essa renovação dos aparelhos visando a Copa de 2014", analisa diretora da e-bit.


Varejo - Os preços no varejo on-line aceleraram a queda em dezembro, de acordo com índice desenvolvido pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a Felisoni Consultores Associados e com a Íconna Monitoramento de Preços no E-commerce. No mês passado, o e-Flation registrou deflação de 2,8%, recuo de 2,2 pontos porcentuais em relação a novembro (-0,6%). Na comparação com dezembro de 2011 houve redução de 2,3 pontos.

O indicador tem como proposta monitorar as variações dos preços de produtos ofertados on-line, acompanhando as tendências no mercado de consumo pela internet.

Oito categorias contribuíram para a deflação no período: eletrodomésticos (-1,04%), informática (-1,01%), medicamentos (-0,24%), cine e fotos (-0,22%), livros (-0,18%), telefonia e celulares (-0,17%), brinquedos (-0,06%) e eletroeletrônicos (-0,01%). Apenas duas registraram aumento de preços: CDs e DVDs (+0,01%) e perfumes e cosméticos (+0,13%).

Entre janeiro e dezembro o índice registrou deflação de 8,4%, sendo que quase todas as categorias tiveram queda ao longo do ano. Em 2011, o e-Flation teve deflação de 5,7%.

"Encerramos 2012 com a identificação de muita cautela no comportamento do consumidor, que pesquisou muito mais antes da compra durante todo o ano passado. O que facilitou a competitividade das empresas neste segmento e segurou a inflação destes produtos", acredita Claudio Felisoni, presidente do conselho do Provar/FIA.

O e-Flation é avaliado a partir da segunda quinzena do mês anterior à primeira do mês em referência. Os itens que compõem a cesta de cada uma das categorias são aqueles que, sendo os mais anunciados entre os sites mais procurados, resultam no que se chama de "campeões de vendas".


Ranking - Um estudo da consultoria italiana Translated projeta que o mercado brasileiro de vendas on-line será o quarto maior do mundo em 2016. Segundo o estudo, o mercado nacional vai ultrapassar o tamanho da França, do Reino Unido e da Alemanha ao longo dos próximos anos.

De acordo com a pesquisa intitulada "T Index", o Brasil terminou 2012 com 3,1% do movimento mundial feito pela internet. Com essa participação, o país figura em sétimo no ranking global, à frente da Rússia (8º), Coreia do Sul (9º) e da Itália (10º). Os primeiros do ranking são os Estados Unidos, a China e o Japão.

A consultoria prevê que o mercado brasileiro alcance participação de 4,3% do e-commerce mundial em 2016. Com essa fatia, o Brasil estará à frente da Alemanha, que deve terminar o ano da Olimpíada no Rio de Janeiro com 3,9%. Atualmente, os alemães giram 4,6% do e-commerce mundial. A redução dessa fatia não aconteceria pela piora dos resultados da Alemanha, mas pelo crescimento mais acelerado dos outros mercados.

Segundo o estudo, a China será o maior mercado mundial de vendas on-line com 20,1% do movimento global em 2016. Em seguida, aparecem Estados Unidos (15,6%) e Japão (4,6%). Após o quarto lugar do Brasil, estarão a Alemanha, Rússia (3,6%) e França (3,2%). (AE)



Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Brasil se prepara para assumir 4º lugar do segmento virtual

O potencial do varejo on-line (e-commerce) é tanto no Brasil que com base em projeções feitas pela ...

Veja mais
Novos desafios para o varejo virtual

A Amazon, referência mundial em varejo virtual, alcançou em 2011 receita de US$ 48 bilhões, o que re...

Veja mais
Empresa inova com versão sustentável de leitor eletrônico

Nonus lançou modelo que gera uma economia de energia de 80% e espera faturar R$ 30 milhões em 2013Uma vers...

Veja mais
Software ajuda pessoas com deficiência visual a identificar produtos

Desenvolvido por estudante gaúcho, programa realiza a leitura do código de barras em forma de áudio...

Veja mais
'Internet das coisas' mostra a face em feira

Aparelhos domésticos mostrados na CES estão cada vez mais 'inteligentes'A maior feira de eletrônicos...

Veja mais
Buscador de oferta cresce em linha com o comércio on-line

Ao contrário do que tem acontecido com os grandes sites de compras coletivas -que tiveram um 2012 enxuto, com cre...

Veja mais
Loja com produtos "Obama" estreia na internet

Os fãs do presidente norte-americano Barack Obama poderão encontrar seu objeto especial na 57ª Loja d...

Veja mais
Comércio por meio de dispositivos móveis dobra em 2012

Vendas por meio de iPads representam 51%, as de iPhone, 20%, e os demais aparelhos, 29%Entre as cinco categorias de prod...

Veja mais
Comércio eletrônico arrecada R$ 81,6 milhões com Boxing Day

Para diretora do e-bit, a data pode se tornar uma estratégia interessante para os lojistas manterem as vendas aqu...

Veja mais