Site lança serviço de ração por assinatura

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Empresário investe R$ 300 mil para vender ração por assinatura quinzenal, mensal ou trimestral



Em 1999, o veterinário Marcio Waldman decidiu que venderia ração pela internet. Seis anos depois, quando fechou as portas de sua clínica e pet shop para concentrar-se na operação virtual, o empreendedor enfrentou a reprovação dos colegas e familiares, que desaprovavam integralmente sua decisão de trocar o certo pelo duvidoso mundo do e-commerce.

Agora, 14 anos depois, ele resolveu fazer tudo de novo. Mais uma vez sob olhares de desconfiança, Waldman lança hoje, em São Paulo, um novo empreendimento. Ele investiu R$ 300 mil no Assinatura de Ração, negócio que consiste em vender produtos de uso recorrente para cães e gatos com base em planos de assinatura quinzenais, mensais e trimestrais para os clientes.

Ao considerar “ultrapassado” o deslocamento das pessoas em grandes centros urbanos para a compra de produtos de primeira necessidade, o empresário estima que a operação representará, em dois anos, 20% do volume de negócios de sua loja virtual. A PetLove – nome do e-commerce – atualmente processa até mil vendas por dia e, após aportes de fundos de investimentos como Monashees Capital, Tiger Global e Kaszek Ventures, pulou de 9 para 60 funcionários de 2011 para 2012 – trocando um espaço de 450 metros quadrados por um galpão de 3,5 mil metros quadrados na capital paulista.

“A gente espera terminar o primeiro ano com 5 mil assinaturas em todo o Brasil”, conta Waldman. “É um plano ambicioso, mas acreditamos que o modelo de assinatura é muito consistente para esse mercado de animais de estimação, sobretudo pela comodidade. Ficar voltando na loja e ter de pegar trânsito e fila é um costume muito pouco funcional”, afirma Nando Guerreiro, executivo da PetLove e responsável pela operação.

Para a atração de clientes, Waldman vai conceder 5% de desconto no portfólio de rações do clube, que são das mesmas marcas encontradas nas vitrines virtuais da PetLove. Para não ficar apenas no comércio de alimentos, o clube também vai oferecer linhas de brinquedos, acessórios, roupas e medicamentos. “Esperamos que a ração seja 80% das nossas vendas. Depois, uns 10% virão de medicamentos como antipulgas e carrapaticidas”, afirma Waldman.

Clientes inscritos para as entregas regulares podem determinar o quanto querem receber e com que frequência, por meio do site da PetLove. O consumidor pode suspender ou alterar o local das entregas a qualquer momento.

Roupagem nova. A subscrição, como também é conhecido o serviço de assinatura de produtos, está longe de ser um conceito novo. Os padeiros, por exemplo, faziam entregas de porta em porta no passado e, dessa forma, firmavam contratos informais de entrega regular com seus clientes. Recentemente, novas empresas têm encontrado modos criativos de usar a internet para vender produtos que não costumam ser comercializados por assinatura: há operações de sapatos, vinhos e até lentes de contato.

Um dos motivos para essa nova tendência, diz o especialista Mauricio Salvador, professor de e-commerce da Business School São Paulo, é a procura de clientes por comodidade, principalmente o cliente virtual, cada dia menos disposto a sair de casa para fazer suas compras. “Esse é um negócio que, quando foca na conveniência, é muito propício a dar certo com a pessoa que já compra na internet. O fato da empresa já ter uma operação virtual é uma vantagem”, destaca o especialista.


Veículo: O Estado de S.Paulo


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