Associação define normas de códigos de barras

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Patrícia Amaral explica que a entidade é responsável pela inteligência por trás dos códigos de barras


É difícil imaginar a cadeia de suprimentos sem o código de barras. No entanto, são poucas as pessoas que já pararam para pensar como surgem esses padrões que identificam cada produto. No Brasil, a entidade responsável por atribuir a numeração do código de barras é a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil). Presente no país há quase 30 anos, a organização, que não tem fins lucrativos, licencia e administra padrões que permitem que produtos, serviços e informações caminhem de forma eficiente e segura para o benefício dos negócios e para a melhoria de vida das pessoas.

A consultora da GS1 Patrícia Amaral explica que a entidade é responsável pela inteligência por trás dos códigos. Ela esclarece que esses padrões podem ser definidos como acordos que estruturam qualquer atividade ou setor da economia, como regras ou guias que todos aplicam.  uma forma de medição, descrição ou classificação de produtos ou serviços. "Os padrões têm um papel importante. Eles são a fundação necessária para que haja uma comunicação clara entre empresas, numa economia cada vez mais global. Os padrões ajudam a manter os custos baixos para todos", afirma.

A GS1 tem seu padrão adotado em 150 países e possui sedes em 110 deles. São mais de um milhão de associados. Os códigos de barras do sistema GS1 são lidos 6 bilhões de vezes ao dia no mundo.

Patrícia destaca também que a GS1 Brasil trabalha em colaboração com empresas que representam todas as etapas da cadeia de suprimentos: produtores, fabricantes, distribuidores, varejistas, hospitais, transportadoras, organismos alfandegários, desenvolvedores de softwares, órgãos reguladores nacionais e internacionais, entre outros. "Nós trabalhamos com neutralidade para criar soluções que atendam a toda a cadeia", observa.

A entidade discute padrões comuns e desenvolve práticas de negócios eficientes com intuito, inclusive, de incluir pequenas e médias empresas nas suas respectivas cadeias de suprimentos. Além disso, promove eventos nos quais são ministradas palestras em diferentes localidades do país para levar conhecimento aos seus associados e esclarecer possíveis dúvidas dos interessados na filiação.

O trabalho para potencializar a disseminação do Sistema GS1 na comunidade de negócios também envolve instituições de ensino. Com a realização de ações voltadas à logística e à tecnologia, a GS1 pretende incluir seus sistemas no currículo da nova geração de profissionais. Por ano, cerca de 15 mil pessoas passam pelos treinamentos ministrados pela GS1 Brasil.

A GS1 possui quatro áreas de soluções. A mais comum chama-se BarCodes. Trata-se dos códigos de barras, padrões globais para identificação automática. "Ele permite a identificação rápida e precisa de itens, ativos ou locais", explica a consultora. O eCom é utilizado em todo o mundo para mensageria eletrônica de negócio. "Com ele é possível realizar um intercâmbio rápido, eficiente e preciso de dados de negócios", diz.

Já a GDSN é uma rede para sincronização global de dados. "Com ela, os dados são padronizados e confiáveis para a realização de transações efetivas de negócios", afirma Patrícia Amaral. A outra é a EPCglobal, que permite identificação por radiofreqüência. "Muitas empresas já estão adotando essa solução. Ela permite uma visibilidade rápida, precisa e econômica da informação", observa.


Utilização - Os padrões da GS1 são utilizados por diversos setores da economia, que vão desde grandes redes multinacionais e grandes marcas até pequenas lojas de conveniência e artesãos. A GS1 Brasil tem hoje 55 mil empresas associadas. A entidade representa cerca de 22 setores entre os quais estão produtos de consumo de massa, perecíveis, de saúde, aduanas, transporte e logística.

Patrícia Amaral destaca os benefícios da padronização para toda a cadeia de suprimentos. "Na indústria, a padronização permite melhor planejamento e gerenciamento de estoque, automação da expedição, rastreabilidade dos produtos, aumento da produtividade e compras por reposição", afirma. "A distribuição também é beneficiada com melhor gerenciamento de estoque, automação do recebimento, movimentação e expedição, aumento da produtividade, rastreabilidade dos produtos e redução de obsolescência e nível de estoque", completa.

Segundo Patrícia, os benefícios para o varejo estão no melhor gerenciamento de estoque e gôndola, automação do recebimento e das vendas, rastreabilidade dos produtos e redução de obsolescência e nível de estoque. Já os consumidores, ainda de acordo com a consultora, são beneficiados com segurança na procedência dos produtos, confiabilidade, rastreabilidade, eficiência em processo de compra, garantia de qualidade e otimização de preço refletido ao longo da cadeia.



Veículo: Diário do Comércio - MG





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