A administradora e bandeira de cartões de crédito Credz está buscando parceria com pequenas e médias empresas do varejo. A avaliação do grupo é que os grandes bancos não conseguem dar atenção necessária para esse segmento do empresariado, e que, portanto existe um espaço para crescer nesse nicho de mercado.
"Os grandes bancos têm estrutura para atender esse segmento, mas é apenas mais um serviço para eles. É nesse espaço que nós da Credz entramos oferecendo um serviço dedicado as necessidades dos varejistas emergentes. Existe uma demanda reprimida grande por esse serviço", afirmou o sócio e presidente da companhia, José Renato Borges.
Ainda de acordo com ele, o varejo procura bastante o serviço de bandeiras porque ter um cartão próprio ajuda a fidelizar a base de clientes. No entanto, de acordo com ele, essa estratégia precisa de uma bandeira com dedicação praticamente exclusiva para as necessidades do lojista.
"Existe a questão do horário, o custo de mão de obra, isso dificulta. Muitas vezes acontecem casos em que até o banco perceber que houve uma inconsistência na elaboração do cadastro, por exemplo, há diversos atrasos e problemas, até ele perceber que houve um erro", acrescenta o executivo.
Um dos diferenciais da empresa é oferecer um programa de treinamento para os atendentes das lojas parceiras. "Com isso conseguimos aumentar muito a fidelização da base de clientes. Nós ganhamos e a rede de varejo também", afirmou José Renato.
A Credz tem como principais acionistas membros da família Zogbi, marca de uma rede de confecções que ficou conhecida pela financeira que teve forte atuação no mercado até o início dos anos 2000, época em que foi vendida ao Bradesco. "Até por essa tradição no mercado de confecção, decidimos começar nossas operações focados em redes de varejo neste segmento, e que atuem no Estado de São Paulo", explicou José Renato.
A empresa foi criada em 2011, mas começou a operar no mercado no final do ano passado. As expectativas da Credz de atender principalmente o mercado de confecção foram superadas e lojas de outros segmentos da economia firmaram parcerias com a Credz e ganharam peso no resultado final da empresa.
O grupo já tem 11 parcerias fechadas com varejistas de segmentos como moda, confecção e até mesmo de materiais de construção. No total, cerca de 300 lojas oferecem cartão próprio com a bandeira Credz. A meta da companhia até o final do ano que vem é ter entre 20 e 24 empresas parceiras que ofereçam o produto para 500 estabelecimentos.
Cerca de 70 mil cartões foram emitidos pela Credz até outubro deste ano e a meta para o final do ano que vem é 250 mil. "Nosso planejamento é muito realista, então estamos trabalhando com a projeção de atingir 500 mil plásticos em dois anos, e o dobro em cinco anos", afirmou José Renato.
Para concretizar essa expansão, a Credz irá buscar outros segmentos que ainda estão fora de seu portfólio atual como turismo e supermercados. "Pretendemos no consolidar na Região Sudeste e mais especificamente em São Paulo nos próximos anos. Ao mesmo tempo, vamos também procurar redes de outros setores, como supermercados, turismo, materiais de construção e eletrônicos, por exemplo", conta.
Outra estratégia adotada pela Credz é a parceria fechada com a credenciadora Cielo. A intenção, segundo José Renato, é manter a aceitação dos cartões com a nova bandeira somente por essa rede. "Na parte de trás dos cartões, estará especificado que eles são aceitos na rede Cielo, para lembrar o usuário do alcance deste plástico. E um acordo com uma outra empresa inviabilizaria esta possibilidade. Além disso, acreditamos que o tamanho da rede Cielo oferece aos nossos clientes uma rede de aceitação muito ampla", explica José.
A Credz também lançou um programa de fidelidade com o objetivo de aumentar o uso do cartão em outros estabelecimentos. "É um programa bastante simples de pontuação que visa aumentar o número de vezes que a pessoa usa o nosso cartão fora da loja onde o cliente obteve o cartão de crédito."
Veículo: DCI