Mesmo com grande parte do varejo já coberto pelas máquinas automatizadas para emissão de notas fiscais, a companhia deve brigar com NCR e Diebold, principalmente no interior do País

 

 

A Bematech indica que os mercados de varejo e alimentação ainda têm espaço para as soluções da empresa em 2015, que até setembro deste ano apresentou crescimento parcial na casa dos 17%, e no terceiro trimestre de 2014 registrou alta de 15% em suas operações. A companhia, que fabrica hardware e software para processamento de notas fiscais, deve brigar no mercado interno com NCR e Diebold.

Com uma estrutura apontada como "madura", a Bematech acredita que fora dos centros urbanos, como é o caso das capitais, ainda há espaço para crescer no nicho de automatização de frente de caixa, o que inclui equipamentos como monitor, scanner de mão e impressora de emissão fiscal. Essa plataforma deverá ter como alvo o varejo em diversos segmentos - vestuário, automotivo, calçadista e supermercadista. Além disso, os negócios do setor de alimentação como restaurantes, lanchonetes e cafeterias, também podem impactar positivamente as vendas. Apesar da expectativa em relação ao varejo e alimentação, o setor hoteleiro - no qual a companhia detém no segmento de hotéis quatro e cinco estrelas - deve se manter estável no número de contratações de soluções fiscais em 2015.

Maturidade

O amadurecimento apontado pela companhia pode ser creditado à internacionalização da operação, que não é exatamente nova: em 2004, a empresa aportou no maior mercado de varejo do mundo, os Estados Unidos. "Desde que operamos nos EUA, conseguimos incorporar algumas características estratégicas, que trouxemos para o Brasil", conta ao DCI o presidente da Bematech, Cleber Morais.

O executivo se refere à plataforma, denominada de emissão fiscal. "Nós começamos com impressoras fiscais, mas precisávamos de uma solução fiscal completa."

Nos EUA, além da grande demanda, por conta do número gigantesco de estabelecimentos comerciais, os sistemas que operam o maquinário de frente de caixa usadas pelo comércio daquele país precisam lidar com múltiplas emissões ao mesmo tempo, sem que haja nenhuma indisponibilidade, que pode ser culpada pelo insucesso da compra. "Se o sistema de emissão fiscal está indisponível no comércio, a venda simplesmente não acontece", afirma Morais.

Próximo ano

O aumento esperado para o próximo ano deve ocorrer nos estabelecimentos comerciais que precisam emitir notas fiscais, mas ainda não trabalham com plataformas de emissão fiscal automática, realizada dentro do chamado Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), uma solução que atende ao recolhimento de tributos automático.



Veículo: DCI