O comércio eletrônico deve faturar cerca de R$ 6,5 bilhões este ano no Estado do Rio de Janeiro, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Quatro novos negócios online surgem, em média, por dia no país. Muitos trabalhadores migraram para este mercado após uma demissão.
Patrícia Lopes trabalhava na área de informática e se viu desempregada após dez anos de trabalho em uma empresa. Para se reinventar, ela usou a criatividade. "Fazer capas para notebook foi a primeira coisa que veio a minha cabeça. Só que dentro de um mês, eu falei peraí. Não é esse o caminho. Eu vou começar a vestir pessoas... E comecei o meu trabalho dentro de casa e comprando e vendendo, comprando e vendendo e me construindo como estilista", explicou Patrícia.
Atualmente, quem passa pela casa da empresária encontra a sala cheia de roupas desenhadas por ela, que recebe os clientes no local e fecha negócios por meio de um site e das redes sociais. Patrícia Lopes conta que se descobriu com a abertura do próprio negócio.
"Claro que existe o estresse, da tensão do negócio, do trabalho que você precisar fazer acontecer, mas como você trabalha com o que gosta, acaba que o trabalho vira um prazer. Para mim, trabalhar aos sábados, domingos, acompanhar as redes sociais, acompanhar as clientes, não tem problema, é bom, eu sou muito mais feliz, hoje", explicou a empresária.
A tendência, vinda da crise, pode se tornar um novo caminho na vida de quem se viu no meio de um problema. "É um número que vem crescendo diante da recessão econômica, diante da crise. As pessoas perderam seus postos de trabalho e estão criando seu espaço por meio do empreendedorismo, dos negócios digitais', explicou Rodrigo Bandeira dos Santos, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.
Para quem quiser aprender como abrir o próprio negócio, palestras da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico podem ajudar. O evento acontece na terça-feira (16). Mais informações no site da Associação (https://abcomm.org).
Fonte: G1