Micro e pequenas ainda resistem à informatização

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Muitos empresários ainda preferem a "caderneta".


 
Empresários devem ficar atentos para a implantação da nota fiscal eletrônica 
Muitos empresários do comércio varejista ainda se negam a informatizar suas operações. Na prática, apesar dos recursos da Tecnologia da Informação (TI), com diversos softwares disponíveis para as demandas do setor, há quem ainda prefira a velha caderneta de papel para anotar os negócios fechados no dia.

 

Ao contrário do que se pensa, essa prática está muito próxima da realidade das micro e pequenas empresas (MPEs), desde aquelas mais antigas, localizadas na Capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), como no interior do Estado, onde a decisão de compra é regida por critérios onde não cabe o cartão de crédito ou débito, por exemplo.

 

Esses são alguns dados levantados por uma pesquisa realizada pelo Sebrae e a Confederação Nacional do Comércio (CNC) que servirá de incentivo para a criação de dois projetos de capacitação e inclusão digital com alcance nacional. São eles: o projeto de automação comercial e o Conectar, que apresenta a ferramenta do comércio eletrônico.

 

A coordenadora dos projetos, pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio), Kátia Lúcia Magalhães, avaliou que as iniciativas devem capacitar, até dezembro, um total de 1,457 mil empresas, com 510 consultorias realizadas. Para o projeto de automação comercial, serão 733, com 293 visitas aos estabelecimentos para definição de necessidades de investimento e, para o Conectar, outras 724, com 217 assessorias técnicas concluídas, caso a caso.

 

Adesão - Os empresários filiados aos sindicatos da Fecomércio e que estiverem com a contribuição sindical em dia podem se inscrever gratuitamente para participar dos cursos. Aqueles que tiverem interesse em implantar o computador na empresa ou a ingressar na era virtual dos negócios pela internet, terão que pagar uma taxa simbólica para cobertura do material escolar.

 

"O problema existe sim e é nacional no segmento do comércio varejista. As micro e pequenas empresas ainda não estão preparadas para ingressar nessa nova modalidade de negócio que permite não apenas vender mas comprar de fornecedores", apontou.

 

Os empresários devem ficar atentos, ainda, para a implantação da nota fiscal eletrônica, uma exigência legal que entrou em vigor em novembro de 2007 e que vai expandir-se, ainda mais, a partir de dezembro deste ano para outros segmentos.

 

Segundo Kátia Lúcia Magalhães, quem não se adequar com tempo hábil à novidade terá problemas não apenas com a fiscalização mas com gastos superiores aos necessários, motivados pela famosa urgência de ter que adquirir um produto/serviço "às escuras", apenas para fugir das multas.

 

Caderneta - Quem é adepto da caderneta de papel também tem vantagens significativas ao adotar a automação comercial. De acordo com a coordenadora, os softwares disponíveis no mercado apenas substituem o papel pela tela do computador. "Os softwares permitem que a empresa conheça melhor o perfil de compras do seu cliente, mesmo aquele fiel e não deixe faltar aquelas mercadorias que são mais procuradas", exemplificou. Os empresários devem ficar atentos para o uso da internet enquanto espaço de negócios e para receber os novos clientes, oriundos desse mercado virtual.

 

O presidente da Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações de Minas Gerais (Sucesu), Acrísio Tavares, enfatizou que há diversas empresas do segmento de TI que desenvolvem soluções para MPEs.

 

Veículo: Diário do Comércio – BH


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