Depois do México, a fábrica paulista da Motorola, em Jaguariúna, é a segunda a produzir o scanner (leitor de código de barras), equipamento que tem ampliado sua utilidade nos vários segmentos da economia de forma proporcional ao avanço da convergência tecnológica.
"O scanner é o nosso pão quentinho", afirmou o diretor geral da área de mobilidade corporativa da Motorola para o Brasil e Cone Sul, Vanderlei Ferreira. A estratégia da empresa americana é ocupar todos os espaços dos processos corporativos, do varejo à indústria pesada. Neste contexto, um leitor de código de barras hoje é tão importante para o caixa de uma padaria quanto para uma maternidade identificar, e acompanhar, mãe e bebê por meio de uma pulseira com todos os dados do nascimento e comportamento de ambos durante a estada no hospital.
Coletores à vista
O próximo lançamento da Motorola para a área corporativa são os coletores de dados. Eles se assemelham aos telefones celulares mas são mais parrudos, com tudo o que o telefone inteligente oferece acrescido de resistência para enfrentar trabalho pesado durante 12 horas ao dia.
O coletor inicia a jornada quando um representante da empresa chega ao ponto de venda e começa a listar os produtos que o cliente vai encomendar. Ao enviar o pedido à companhia por meio de rede de dados sem fio, será iniciado todo um processo de emissão de nota fiscal, separação de material, baixa no estoque e colocação no caminhão de transporte. Durante o período em que o vendedor continua no ponto de venda, a área operacional já foi comunicada e uma série de procedimentos foram começados.
Parte da tecnologia desses equipamentos, que contêm GPS, câmeras, voz sobre IP (VoIP), leitor de código de barra, teclado, toque de tela, etiquetas inteligentes (RFID) e comunicação por rádio (push to talk) é da Symbol, empresa adquirida pela Motorola.
Embora esses coletores façam parte do portfólio da americana e das soluções que oferece ao mercado corporativo, em breve passarão a ser fabricados também no Brasil, a fim de obtenção de preços mais competitivos decorrentes da adoção do Processo Produtivo Básico (PPB). "Em um ano e meio estaremos prontos para produzir os coletores aqui", afirmou.
Esse coletor tem também a função de otimizar rotas, pois estuda mapas e organiza roteiros inteligentes para a área de logística. Há sete linhas de coletores e a Motorola ainda não chegou à conclusão de qual delas é mais adequada à demanda local. O mercado doméstico é estimado em 220 mil scanners por ano, sendo que a tecnologia a laser tem 50% desse total. A Motorola detém cerca de 25% do mercado mundial de coletores a laser, segmento também disputado por Elgin e Cipher Lab, entre outras
Veículo: Gazeta Mercantil