A conectividade é um dos fatores mais importantes para os meios de pagamento. A substituição da moeda pelo cartão de crédito ou débito exigiu esforços de empresas como a Visanet, que viram nas telecomunicações a saída para garantir conforto e trazer segurança às operações. O avanço das redes celulares incrementou os serviços, conferindo mobilidade e facilidades na hora de instalar as máquinas que leem os cartões e realizam as transações, conhecidas como POS. "Sempre que surge uma tecnologia, testamos. Estamos na ponta dos processos que utilizam redes para transferência de dados", avalia Paulo Guzzo, vice-presidente de tecnologia e operações da Visanet.
Sem conexão, a indústria brasileira de cartões dificilmente conseguiria os resultados registrados em 2008, ano no qual somou R$ 388,7 bilhões em transações, 24% a mais do que em 2007, pelos dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). "A comunicação em tempo real nos permite incluir estabelecimentos à rede, expandindo cada vez mais o uso do dinheiro de plástico", afirma Guzzo.
Não é à toa que empresas como a Visanet são pioneiras na utilização de tecnologias como GSM/GPRS e 3G. Os terminais móveis, além de comodidade, foram importantes para a disseminação dos cartões com chip e o POS/GPRS, como é conhecido o terminal móvel, logo virou a menina dos olhos das operadoras de cartão. "Não dava para oferecer um cartão com chip e exigir que o cliente fosse ao caixa para digitar a senha. Na outra ponta, tínhamos necessidade de garantir a segurança das operações, fazendo com que o consumidor sempre estivesse com a posse do cartão", afirma.
Com a evolução das máquinas sem fio, os usuários começaram a acompanhar o processo de cobrança, sem deixar seus cartões nas mãos de terceiros. A segunda onda da tecnologia permitiu maior facilidade para a instalação do POS, que não precisa de uma linha fixa para ser conectado. O recurso permitiu a entrada na seara dos cartões de quiosques, artesãos de rua e vendedores ambulantes, e trouxe o meio de pagamento para o mundo do delivery.
Além de restaurantes, os meios de pagamento foram para as ruas. Como exemplo, ele cita parceria com a Nestlé no Rio de Janeiro, que levou o cartão de plástico literalmente à praia. O acordo permitiu a aceitação de cartões de crédito e débito nos carrinhos de sorvete da marca na orla carioca. "Nas operações de rua, estudamos os melhores equipamentos, que precisam ser mais robustos para resistir a possíveis quedas. Os protocolos de segurança também são robustos."
Também já é possível pagar o gás com cartão. A Ultragaz, em parceria com a Visanet e outras operadoras, incluiu um POS GPRS multibandeira em seus caminhões, o que proporciona mais comodidade aos consumidores. Além de facilitar o pagamento, é possível financiar a compra o bem, dividindo o valor em até três vezes.
Veículo: Valor Econômico