Depois de praticamente seis anos de ausência no Brasil, a Cordier volta a distribuir seus vinhos Bordeaux no país. Com o desaquecimento de mercados tradicionais como os Estados Unidos e a Inglaterra, em função da valorização do euro, a empresa se volta para China e Brasil de olho na crescente demanda de consumo, e aporta por aqui com os seus vinhos de melhor qualidade - premium e super premium. Muitos deles são provenientes de pequenos produtores da região, além dos mais famosos grand cru. Rogério Rebouças, gerente de vendas para a América Latina da Cordier, explica que a empresa deixou de vender vinhos para o Brasil porque terminou um acordo com Louis Vuitton Moet Henessy. Agora, o retorno se dá pela Winnery. A parceria com uma empresa mais jovem, segundo Rebouças, permite que os preços para o consumidor sejam menores.
"Desejamos recuperar rapidamente nossa posição de líder entre os vinhos de Bordeaux no Brasil em 2011", diz Rebouças. A empresa colocou no fim do ano cerca de 12 mil garrafas no mercado nacional, mas o objetivo é vender 70 mil por ano, o mesmo número de 2003. O gerente explica que os preços serão competitivos. Um vinho premium deve custar nas prateleiras dos principais supermercados, como Walmart ou Pão de Açúcar, entre R$ 40 e R$ 45; os super premium, de R$ 60 a 75; e os ultra premium, cerca de R$ 220. Para atrair o público, as garrafas virão com brindes, como cápsulas corta gotas e cortadores de cápsulas. O objetivo é fazer o consumidor voltar a experimentar o vinho e agregar valor à compra. A Cordier também fará promoções em restaurantes e clubes de vinhos. ( Paola de Moura, do Rio)
Veículo: Valor Econômico