AB InBev, maior fabricante de cerveja do mundo, informou que conseguiu US$ 17,2 bilhões em empréstimos para refinanciar a dívida contraída para comprar a Anheuser-Busch.
AB InBev, com sede em Leuven, na Bélgica, vai usar os recursos para "refinanciar totalmente os US$ 54 bilhões de uma linha sênior de crédito de aquisição", tomada em 2008, quando comprou a Anheuser-Busch. Segundo comunicado por e mail, o pacote de dívida inclui uma linha de crédito rotativo de US$ 8 bilhões que vence em cinco anos e uma empréstimo de longo prazo de US$ 5 bilhões que vence em três anos.
"Eles não terão problemas para pagar esses empréstimos com seu fluxo de caixa", disse o analista da agência Fitch Ratings, Giulio Lombardi. "Assim que a linha de crédito rotativo for paga, a fatia que não for sacada dará a eles espaço para respirar no futuro. A liquidez da empresa será reforçada por isso."
O crédito rotativo atua como uma conta bancária a descoberto, permitindo à AB InBev pagar o dinheiro e tomá-lo emprestado novamente, caso precise. Após o refinanciamento e as vendas de US$ 7,5 bilhões em ativos feitas em 2009 para reduzir as dívidas, a relação de endividamento sobre os lucros antes dos juros, impostos, depreciação a amortização (lajida) da AB InBev "provavelmente ficará perto de 3,5 vezes", diz Lombardi. A relação estava em 5 vezes.
O financiamento também inclui uma linha bilateral de longo prazo de US$ 4,2 bilhões. A InBev não revelou os nomes dos bancos onde conseguiu os empréstimos, nem as margens de juros.
A InBev, fabricante das marcas Beck's e Stella Artois, acertou a compra da Anheuser-Busch em julho de 2008, criando a maior do mercado mundial de cerveja.
Veículo: Valor Econômico