Germânia abre 20 lojas para vender chope em São Paulo

Leia em 5min 10s

Com atuação dirigida à entrega de barris da bebida, empresa pretende investir R$ 3 milhões para crescer 30% neste ano

 

Fábio Suzuki
fsuzuki@brasileconomico.com.br



Há 18 anos no mercado e com modelo próprio de negócios no segmento de bebidas, a Germânia pretende expandir suas atividades este ano com a abertura de pelo menos 20 lojas no estado de São Paulo, que concentra 90% da distribuição de seu principal produto, o chope. Com a iniciativa, que prevê investimento mínimo de R$ 3 milhões, a companhia pretende crescer 30% ao longo de 2010 com a entrega da bebida em festas e eventos, principalmente, além de bares e restaurantes.

 

 

A abertura de uma nova unidade demanda o investimento de pelo menos R$ 150 mil e é feita através de concessões da marca. A expansão visa cidades do interior paulista, entre elas Franca, Marília, Assis, Araras e Leme. “Quem consegue vender em São Paulo vende em qualquer lugar do país. Mas ainda temos muito para crescer aqui para depois buscar atuação em outros estados”, explica Wadi Nussalah, sócio-diretor da Germânia, que também conta com lojas situadas em Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul, mas que correspondema apenas 10% das vendas da companhia.

 

 

Diferente das principais empresas do segmento, a Germânia concentra sua atuação na entrega domiciliar de seus produtos e preza pelo relacionamento com os consumidores que moram perto de suas lojas. “Alguns de nossos lojistas têm até a chave da casa dos clientes para facilitar a entrega. E isso ocorre até embairros nobres da capital”, diz ele.

 

 

Início da marca

 



A Germânia surgiu em 1991 quando Wadi Nussalah e mais dois sócios arrendaram uma fábrica de apenas 600 metros quadrados que estava praticamentedesativada na cidade de Vinhedo (SP) e que pertencia à cervejaria Belco, da qual Nussalah era um dos distribuidores na época. “Entramos apenas como dinheiro do bolso. A ideia era lançar uma marca de qualidade e com excelência no serviço”, diz ele, que aproveitou o conhecimento que tinha no mercado e a carteira de clientes do antigo trabalho para lançar o produto. A Germânia não tem intenção de abrir uma nova unidade de produção, e afirma que a fábrica de Vinhedo suporta o crescimento pretendido da empresa de vender 30% a mais este ano.

 

 

Hoje, o portfólio de chope da Germânia é formado por quatro versões (claro, escuro, com vinho e premium) que podem ser adquiridas nas 150 unidades da empresa em seis diferentes tamanhos de barris, que vão de 5 litros (embalagem descartável) a 50 litros. Todos os formatos existem desde o início da atuação da companhia.

 

 

“Fomos pioneiros na comercialização de barril de chope com menos de 20 litros. Idealizamos essas versões para atender às diferentes necessidades do consumidor”, afirma o fundador da companhia. O valor sugerido da bebida varia de R$ 4,87 (chope tradicional) a R$ 7,50 (premium) por litro.

 

 

Consolidação do mercado Nussalah enfatiza que no segmento chope a empresa perde apenas para a Brahma, da gigante AmBev. “Já fomos sondados por grandes companhias mas tudo na vida tem o seu preço. Há muita empresa maior que a nossa que vem antes na fila”, comenta o sócio-diretor sobre a consolidação do mercado. Mesmo com os projetos de expansão para 2010, Nussalah completa que “a pretensão é crescer com os pés no chão, pois é melhor ter 150 lojas bem estruturadas do que 500 unidades quebradas”.

 

 

Versão premium busca apreciadores da bebida

 

 

Novo produto da Germânia, Slow Beer, resgata tradição antiga de produzir chope artesanalmente



A tendência entre os consumidores de apreciar bebidas mais sofisticadas não atingiu apenas as cervejas pasteurizadas. Após um ano de pesquisa e R$ 100 mil de investimento, a Germânia coloca no mercado o chope Slow Beer, idealizado a partir das antigas tradições europeias de produzir a bebida de forma artesanal.

 

 

A denominação do produto procura reforçar o hábito de consumo comênfase na degustação de bebidas de qualidade. O nome é baseado no conceito gastronômico Slow Food, que surgiu na Itália na década de 1980 como resistência à cultura americana de alimentação rápida e que celebra o prazer de se alimentar sempressa.

 

 

Fabricado sem o processo industrial de filtragem e pasteurização, a intenção da Germâniaé resgatar o prazer de apreciar uma boa bebida em uma mesa de bar ao lado dos amigos. “É um chope premium fabricado com matérias-primas selecionadas e importadas. O sabor lembra um pouco a cerveja feita à base de trigo”, compara Nussalah.

 

 

No mercado desde o final de janeiro, a Slow Beer terá uma produção mensal de 10 mil litros e será comercializado por um preço sugerido de R$ 7,50 o litro. “Uma empresa pequena precisa ser criativa e inovadora. E esse é um produto que ajuda a valorizar a nossa cerveja”, diz Nussalah.

 

 

Vendas diversificadas Apesar do próprio logo da marca incluir a denominação chope, a Germânia comercializa também cervejas clara e escura (long neck e garrafas), chope com vinho e refrigerante de guaraná, além de ser responsável pela distribuição da marca Fuel de energético e vodka ice (todas disponíveis em barris). A diversificação do portfólio deve-se ao foco de atuação da empresa, que vende grande parte dos produtos para festas e eventos.

 

 

Fora as bebidas, os consumidores encontram nas lojas da empresa chopeiras a gás e elétricas em diversos modelos, torre de chope de até 3,5 litros, canecas de porcelana, copos com o logo da Germânia e produtos para churrasco, como tábua de madeira para corte e carvão.

 


Veículo: Brasil Econômico

 


Veja também

AB InBev refinancia dívida de US$ 54 bi

AB InBev, maior fabricante de cerveja do mundo, informou que conseguiu US$ 17,2 bilhões em empréstimos par...

Veja mais
Aquisição de engarrafadora marca nova estratégia na Coca

A Coca-Cola Co. fechou acordo ontem para comprar boa parte de sua maior engarrafadora, seguindo o exemplo de uma transa&...

Veja mais
Apoio ao vinho

A Companhia Nacional de Abastecimento informou ontem que vai apoiar com R$ 38 milhões a destilação ...

Veja mais
Comercialização de vinho terá ajuda federal

O governo definiu o apoio à destilação de 40 milhões de litros de vinho da safra 2009/2010. ...

Veja mais
Coca-Cola paga US$ 12 bi por ativos na América do Norte

A empresa norte-americana de refrigerantes Coca-Cola confirmou um acordo para adquirir as atividades na América d...

Veja mais
Teste-cego da Kaiser está liberado pela Justiça

Uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) assegurou à cervejaria Kaiser o direi...

Veja mais
Coca-Cola negocia maior engarrafadora

A Coca-Cola está perto de um acordo para comprar parte de sua maior engarrafadora no mundo, a Coca-Cola Enterpris...

Veja mais
Schin sofre processos no Conar

O Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (Conar) informou ontem que abriu três ...

Veja mais
Leão Júnior aposta em chá pronto de baixa caloria

Três anos após ser comprada pela Coca-Cola, a Leão Júnior coloca no mercado o que diz ser o p...

Veja mais