Nas primeiras semanas de 2010, o Brasil superou o Reino Unido e se converteu no terceiro maior mercado para os vinhos argentinos, atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá. No ano passado, as importações alcançaram quase US$ 39 milhões, e o mercado brasileiro é considerado de "enorme" potencial pelos produtores argentinos.
Não só por causa do aumento da renda e do maior espaço para gastos supérfluos, como pelo consumo ainda relativamente baixo de vinhos. Por isso, o Brasil entrou na lista de prioridades da promoção comercial e receberá, pela primeira vez, o festival Sabores da Argentina, entre 22 e 29 de março. Organizado pela Wines of Argentina, entidade que congrega 170 adegas e conta com apoio do governo, o festival será realizado em oito hotéis em São Paulo (Intercontinental, L´Hotel Porto Bay, Meliá Jardim Europa, Pousada Zilah, Sofitel, Hilton, Radisson Faria Lima e Golden Tulip Paulista) e seis no Rio (Porto Bay, Caesar Park, Ipanema Plaza, Santa Teresa, Olinda Classic e Sheraton).
Durante a semana do festival, pratos "montados especialmente" para degustação com vinhos argentinos serão servidos nos restaurantes dos hotéis. Os clientes poderão participar de um concurso que envolve questões sobre a Argentina e dará aos ganhadores a possibilidade de visitar as regiões de produção vinícola. "Será uma oportunidade para o público brasileiro conhecer mais sobre os vinhos argentinos", diz o gerente-geral da Wines of Argentina, Mario Giordano. "Pretendemos mais adiante, inclusive, fazer novos festivais."
Quase um terço do vinho argentino importado pelo Brasil é da variedade malbec. No festival Sabores da Argentina, segundo o executivo, estarão representadas 40 vinícolas. Giordano reconhece a necessidade de aperfeiçoar os canais de distribuição no varejo brasileiro. Isso decorre do fato, ele explica, de que a importação é dividida entre dezenas de adegas argentinas, enquanto a importação de vinho chilena concentra-se em menos de meia dúzia de vinícolas. (DR)
Veículo: Valor Econômico