Brasil está emergindo como importante mercado para o Scotch "blended"
A libra esterlina fraca ajudou a indústria do uísque escocês a alcançar um recorde de exportações em 2009, apesar da recessão em alguns de seus maiores mercados. As exportações aumentaram 3% em valor, chegando a 3,13 bi de libras esterlinas, e os volumes exportados subiram 4% no mundo, onde foi vendido o equivalente a 1,1 bilhão de garrafas de Scotch.
Esses resultados foram obtidos apesar do começo fraco do ano provocado pela desestocagem comercial e a confiança reduzida dos consumidores.
Em comparação com 2008, 71 milhões de libras esterlinas adicionais de uísque escocês "blended" (composto de uma mistura de destilações) foram exportados ao longo do ano, um aumento de 3%. Na última década, as exportações de uísque escocês cresceram 45%.
"Os destiladores tiveram exportações recordes [mesmo] ante uma recessão global", disse Paul Walsh, presidente da Associação Escocesa de Uísque (SWA). "[Isso] destaca a importância do uísque escocês para a economia do Reino Unido."
Mas o mercado britânico foi difícil no ano passado. Quando o ministro das Finanças elevou os impostos, incluindo a taxa sobre o consumo, em 38 pence, para 6,66 libras sobre a garrafa de uísque, o setor reclamou que a taxação britânica sobre o consumo subiu quase 22% desde 2008, não obstante a recessão.
A SWA pede "uma revisão do sistema de imposto sobre o consumo no Reino Unido", para favorecer "a nossa competitividade global".
Os EUA ainda são o maior mercado para o uísque escocês, mas o Brasil está rapidamente emergindo como importador do Scotch "blended". As exportações totais de uísque escocês para o país subiram 44%, para 60 milhões de libras -mais do dobro do nível de 2000.
Veículo: Folha de S.Paulo