Coca-Cola eleva em 35% capacidade de produção da Del Valle

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Forte alta nas vendas, impulsionada por verão mais quente, provoca falta de produto

 

Pelo menos 1,5 milhão de pessoas passaram a comprar sucos (ou néctares) prontos no ano passado, de acordo com dados Nielsen. Segundo a empresa de pesquisas, 52% dos lares brasileiros consumiam regularmente sucos prontos no ano de 2008. Esse percentual cresceu para 56% em 2009. A indústria, assustada com a crise que se prenunciava no fim de 2008 e no início do ano anterior, não esperava que 2009 fosse terminar tão bem. Mas a surpresa também teve seu lado ruim: a alta do consumo pegou muitos fabricantes de calças curtas. Por isso, muitos deles estão investindo no aumento da capacidade de produção para dar conta da demanda. É o caso da Coca-Cola Brasil, dona da marca Del Valle.

 

"A demanda deu um salto frente a nossa capacidade de produção no fim de 2009. Foi um período muito bom para vários segmentos da indústria o que resultou na escassez temporária de alguns insumos como latas, polpa de frutas sensíveis etc...", diz John Pinto, diretor de marketing de novas bebidas da Coca-Cola Brasil.

 

Essa ruptura no fornecimento acabou se refletindo no varejo, como confirmou na semana passada o vice-presidente comercial do Grupo Pão de Açúcar, Ramatis Rodrigues, em teleconferência com analistas de mercado. Segundo ele, a alta na demanda provocou a falta de alguns produtos e os sucos Del Valle foram um dos exemplos mais evidentes. "Por conta disso, a marca está perdendo participação de mercado. Mas, na contrapartida, nossa marca própria, Qualitá, tem tido crescimento de três dígitos", disse o executivo.

 

Mas o problema já está sendo resolvido, segundo o diretor da Coca-Cola, com a ampliação da capacidade das fábricas de sucos e néctares da marca em Americana (SP) e Linhares (ES). O valor do investimento não foi divulgado.

 

"Além do investimento em novas linhas e equipamentos, fizemos substituição de linhas existentes por outras mais robustas. Isso permitiu aumento da produção da ordem de 35% e ganhos em participação de mercado", diz ele, rebatendo as declarações do executivo do Pão de Açúcar. "O verão foi de temperaturas atípicas, o que deu mais força ao consumo de bebidas (água, suco, refrigerante, cerveja etc...). Rapidamente reavaliamos nossas necessidades, sentamos com nossos fornecedores e iniciamos a busca de novas alternativas. Funcionou", acrescenta o diretor da Coca-Cola.

 

Veículo: Valor Econômico


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