Polo de bebidas fatura 164,5% a mais até abril

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O segmento de bebidas não alcoólicas do PIM (Polo Industrial de Manaus) aumentou seu faturamento em 164,5% na comparação do primeiro quadrimestre de 2010 com igual intervalo do ano passado, passando de US$ 17.13 milhões (2009) para US$ 45.32 milhões(2010)

 

O segmento de bebidas não alcoólicas do PIM (Polo Industrial de Manaus) aumentou seu faturamento em 164,5% na comparação do primeiro quadrimestre de 2010 com igual intervalo do ano passado, passando de US$ 17.13 milhões (2009) para US$ 45.32 milhões (2010). Os números constam nos indicadores do polo, elaborados pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).

 

As empresas atribuem o desempenho positivo no acumulado ao lançamento de novos produtos e embalagens no mercado, fato que contribuiu para a abertura de um leque maior de opções de consumo. Destacam ainda o aumento do poder de compra das classes C e D, o que contribuiu para a elevação da base de compradores do segmento e para o clima favorável ao consumo junto ao mercado de bebidas no acumulado até abril.

 

O Sindicato das Indústrias de Bebidas em Geral de Manaus destaca que as companhias do setor fizeram investimentos em veículos novos e equipamentos para a área industrial, além de novas embalagens e produtos de marketing. Conforme a Suframa, o montante injetado pelo setor nos quatro primeiros meses, US$ 157.95 milhões está a 3,38% de chegar à marca de investimentos de 2009 (US$ 163.29 milhões) e já é superior ao volume registrado ao final de 2008 (US$ 146.75 milhões), ano que só sofreu os efeitos da crise em seus meses finais.

 

Número de contratações

 

O diretor do sindicato patronal, Luiz Cruz afirmou que com o crescimento no setor, as empresas geraram nos últimos quatro anos, um crescimento no número de pessoas contratadas. Números da Suframa, no entanto, vão na direção contrária e apontam a crescente automatização do setor. Hoje, as fabricantes de bebidas instaladas no polo incentivado de Manaus empregam 1.696 trabalhadores, 11,06% a menos do que no ano passado (1.907). Mesmo em relação ao efetivo de 2006 (1.725), houve um recuo de 1,68%.

 

“A pespectiva para os próximos meses é de um crescimento ainda maior, levando-se em conta que ainda estamos no inverno. Com a chegada do verão, o consumo aumenta em pelo menos 35%, já que o calor amazônico exige uma maior procura por líquido por parte da população”, avaliou.

 

Cruz ressaltou que, com a aproximação da Copa do Mundo, o consumo de bebidas irá aumentar. “Observamos com bastante otimismo a chegada do evento esportivo, que é outro fator importante a proporcionar um aumento considerável de consumo, considerando que nesta época é natural que haja aumento na vendas”, comemorou.

 

Levantamento causa divergência na Abir

 

O diretor executivo da Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas), Paulo Mozart, concorda que houve expansão nas vendas do mercado brasileiro durante o período assinalado pelos indicadores fornecidos pela Suframa e reconhece que o setor apresentou uma performance acima das expectativas das empresas nos últimos cinco anos. Para se ter uma idéia, destaca o executivo, o aumento repentino da demanda pelo produto pegou desprevenida a indústria de latas, que se viu em dificuldade para acompanhar o mercado.

 

"Dados agressivos"

 

O dirigente, no entanto, estranhou o vigor apresentado pelo segmento nos Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus. “São dados extremamente agressivos. Estou espantado com este resultado e não consigo imaginar um crescimento tão grande em tão pouco tempo. Os dados fornecidos pela Suframa seguem uma base de cálculo específica da instituição. Desconheço o critério utilizado”, declarou.

 

Paulo Mozart sugeriu que a reportagem do Jornal do Commercio fizesse uma comparação com o relatório produzido pela Abir a respeito do desempenho do segmento. “No documento, temos dados do consumo de todas as bebidas e a divulgação de relatórios concernentes aos anos posteriores a 2004, além das definições de todos os produtos fabricados e comercializados, dando uma panorâmica geral dos mercados divididos em regiões de todo o pais”, destacou.

 

Sem revelar detalhes de sua metodologia e amparada na credibilidade conquistada por seus levantamentos, a Suframa, por intermédio de sua assessoria de imprensa, salientou que os dados correspondem aos quatro primeiros meses desse ano em comparação a igual período do ano passado e que o percentual relevante é fato.

 

Veículo: Jornal do Commercio - AM


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