Começa hoje a corrida das cervejarias, bares e supermercados pelas vendas da bebida durante a Copa do Mundo. Nos bares das grandes cidades, o abastecimento de chope e de cerveja será concentrado no período da manhã, entre 9h e 12h, uma vez que os motoristas deverão ser dispensados para assistir à estreia da seleção brasileira no Mundial da África do Sul contra a Coreia do Norte, às 15h30.
A expectativa dos bares, segundo o presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci Júnior, é de um aumento nas vendas de cerveja em torno de 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
A maioria dos estabelecimentos, segundo ele, se preparou para Copa com um investimento estimado pela entidade de R$ 300 milhões, principalmente com a aquisição de televisores e equipamentos de transmissão, além de pequenas reformas.
No bar Pirajá, um dos mais badalados de São Paulo, foram instalados, por exemplo, cinco aparelhos de plasma de 50 polegadas. Outro bar da mesma empresa, o Astor, instalou sete aparelhos.
Nos supermercados, a busca mais acentuada por cervejas já começou durante o final de semana. Mas hoje, segundo alguns varejistas, espera-se um movimento nas lojas equivalente ao de um sábado.
Na rede Pão de Açúcar, por exemplo, a expectativa é vender 40% mais cervejas durante o período da Copa que em relação aos mesmos dias de junho e julho do ano passado. A meta é ousada: na Copa da Alemanha, em 2006, a rede conseguiu vender 18% mais que no mesmo período do ano anterior.
Os preços, entretanto, continuam os mesmos. Não há oferta com descontos, principalmente por conta da falta de embalagens, que fez com que as cervejarias tivessem que importar latas, aumentando assim seus custos. Mas há promoções de todo tipo: as tradicionais "leve mais, pague menos" são as mais comuns. Mas também há toda sorte de brindes para quem levar mais cerveja para casa: salgadinhos, camisetas e até as "vuvuzelas", as cornetas que se tornaram a marca registrada da Copa sul-africana.
Veículo: Valor Econômico