Heineken calcula sinergias com Femsa

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A Heineken, terceira maior cervejaria do mundo em volume, confirmou que a aquisição da mexicana Femsa Cerveza vai impulsionar os ganhos por ação da empresa nos próximos dois anos e que a unidade teve resultados em linha com as expectativas em 2009. A holandesa divulgou ontem que finalizou a revisão dos resultados de 2009 da Femsa.

 

Segundo a nota divulgada pela Heineken, o lucro da Femsa antes de juros, impostos, depreciação e amortização anteriores à aquisição referentes ao ano de 2009 somou €442 milhões (US$ 567 milhões). O faturamento atingiu €2,47 bilhões.

 

A Heineken comprou a divisão de cerveja da Femsa em janeiro (o negócio foi oficializado em 30 de abril) por meio de uma transação de ações no valor de €5,3 bilhões (US$ 6,8 bilhões). O objetivo da compra é ganhar mercado na América Latina, já que a Femsa tem metade das vendas no México - quarto mercado mais rentável de cervejas no mundo - e cerca de 6% no Brasil, uma das regiões que mais cresce mundialmente, mas dominado pela Ambev, dona de 70% das vendas. A aquisição também diminui a dependência da empresa holandesa ao mercado europeu, que vem apresentando taxas de crescimento muito modestas, muitas vezes até retração.

 

A Heineken, que distribui as cervejas Femsa nos Estados Unidos, incluindo a marca Dos Equis, espera que o negócio gere economia de €150 milhões até 2013, conforme as expectativas de Robin Hoytema van Konijnenburg, diretor-financeiro da cervejaria. Segundo contou o diretor para analistas em uma teleconferência ontem, a integração entre as duas empresas está ocorrendo sem problemas e é esperado que essa operação seja finalizada dentro do cronograma.

 

No México, a Femsa continua se chamando Cerveceria Cuauhtemoc Moctezuma, ou CCM. No Brasil, porém, a companhia ganhou outro nome, passando a se chamar Heineken Brasil. Chris Barrow, atualmente diretor da Heineken na Polônia, assume o comando da companhia no país ainda este mês. Segundo dados da empresa, que não revela volumes, as vendas das marcas da Heineken no país cresceram 50% nos últimos 12 meses até abril deste ano. Na próxima quarta-feira, a Heineken divulga seus resultados referentes ao segundo trimestre deste ano. (Colaborou Lílian Cunha)
 

 

Veículo: Valor Econômico


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