A Yoki Alimentos concluiu um investimento de R$ 30 milhões na implantação da unidade em Pouso Alegre, no Sul de Minas. A planta - em operação desde o início do ano - foi montada para concentrar a produção da nova da linha de produtos de bebidas à base de soja, a "Mais Vita". A nova estrutura de 50 mil metros quadrados é a grande aposta para o incremento dos negócios do grupo em 2009. O empreendimento gerou 400 empregos diretos e 100 indiretos.
O projeto em Minas acompanha o bom momento da Yoki. Com faturamento nacional previsto de R$ 850 milhões em 2008, 12% acima da receita de 2007, a empresa tem 4 mil empregados diretos. "Para o ano que vem, cresceremos 10% no país", afirmou o vice-presidente da Yoki, Gabriel J. Cherubini. Nessa perspectiva, o grupo deve faturar R$ 952 milhões em 2009 e ultrapassar a receita de R$ 1 bilhão em 2010.
Nos próximos 12 meses, o faturamento da fábrica em Minas Gerais - cujo valor não foi revelado por razões estratégicas - deve crescer de 10 a 15%. Segundo Cherubini, a sede em Pouso Alegre é a mais moderna entre as oito plantas do grupo no Brasil, um grande ganho para o Estado. "Todos os equipamentos são de alta tecnologia, importados da Tetra Pak da Suécia e Cingapura", afirmou.
Apesar do acréscimo da receita, não estão previstas ampliações na planta ou volume de produção. "A fábrica é muito nova, precisamos consolidar o que temos para ampliar gradativamente", explicou. O investimento foi iniciado em meados de 2007, com a maior parte de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo o dirigente, o que se pode concluir, por enquanto, é que a escolha da cidade mineira foi uma aposta acertada da Yoki. "A localização é estratégica para a captação de matéria-prima e para escoar mercadoria", disse. A cidade ganha muito, segundo o vice-presidente. "Movimentação comercial, de transporte e tecnologia são benefícios que trazemos, além da fatia na arrecadação fiscal", assinalou.
Fornecimento - Apesar de a fábrica ser localizada em Minas, forte produtor agrícola, toda a matéria-prima ainda é fornecida pelo Paraná. Porém, a meta da Yoki é mudar esse quadro até 2010. "Nos próximos dois anos, pretendemos que todo o insumo para a produção fabril seja proveniente do Estado, o que reduzirá custos", argumentou. Para isso, a Yoki trabalha em um projeto de integração com o mercado agrícola mineiro.
Com a aproximação, a planta terá melhor rendimento financeiro. "Mas quero deixar claro que nosso produto já é mineiro", esclareceu Cherubini. Ele ressaltou que a fatia de exportação da Yoki Minas é pequena. "Apenas 5% dos produtos são exportados para o Japão e Estados Unidos, destinados ao imigrante brasileiro. Nosso foco ainda é o mercado interno", afirmou.
De acordo com ele, Minas, Rio e São Paulo são responsáveis por grande parte do volume de negócios da empresa no Brasil, que atua em todos os estados. "Minas responde por 10% da fatia nacional", observou. Cherubini destacou que a grande vantagem de Pouso Alegre está na tradição em mão-de-obra especializada. "Notamos que na região há muita gente com experiência na categoria", disse.
A linha Mais Vita Pura Soja, 100% vegetal, será produzida a partir de uma inédita técnica no ramo, a Tecnologia Direto do Grão (TDG). O processo consiste no esmagamento direto do grão para extrair todo o leito possível e preservar a maior quantidade de fibras e proteínas. " uma forma ecológica de aproveitamento, além de resguardar todo valor nutritivo para a saúde", assinalou.
Veículo: Diário do Comércio - MG