Diageo paga US$ 16 milhões para encerrar caso de suborno

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A Diageo, maior fabricante mundial de bebidas destiladas, chegou a um acordo para pagar US$ 16 milhões em troca do fim das acusações, nos Estados Unidos, de que teria subornado autoridades na Índia, Tailândia e Coreia do Sul para ampliar vendas e receber tratamento tributário favorável.

 

A empresa, dona da vodca Smirnoff, do uísque Johnnie Walker e da cerveja Guinness, conseguiu um acordo com a Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) na esfera civil, sem admitir ou negar irregularidades. Segundo a SEC, a Diageo pagou mais de US$ 2,7 milhões para incentivar vendas de seus produtos e ganhar benefícios tributários referentes aos uísques Johnnie Walker e Windsor.

 

O acordo resolve para a Diageo a longa investigação de suborno iniciada a partir de um caso de fraude alfandegária em 2007, na Coreia do Sul. A empresa informou que "recebe com seriedade as conclusões da SEC e se arrepende".

 

"Os sistemas e controles foram aperfeiçoados dentro dos esforços para evitar a ocorrência futura de tais questões e para reforçar, em todos os lugares em que a companhia opera, uma cultura de conformidade e comprometimento com os princípios contidos no Código de Conduta de Negócios da Diageo", informou a empresa.

 

O subdiretor da divisão de conformidade da SEC, Scott Friestad, disse que "como resultado dos controles deficientes e da supervisão frouxa da Diageo, as subsidiárias valiam-se rotineiramente de terceiros, faturas [com quantias] infladas e outros truques fraudulentos para disfarçar a verdadeira natureza dos pagamentos".

 

Segundo a SEC, entre 2003 e 2009, a Diageo indiana pagou mais de US$ 1,7 milhão para 900 funcionários de lojas de bebidas controladas pelo governo e por outros para aumentar as encomendas de seus produtos e assegurar sua colocação favorável nos locais. A operação resultou em lucros superiores a US$ 11 milhões.

 

Entre 2004 e 2008, a Diageo pagou US$ 12 mil por mês a um funcionário do governo tailandês por meio de uma consultoria da qual ele era o dono e que era usada para fazer lobby pela Diageo em disputas alfandegárias e tributárias. A companhia também pagou mais de US$ 86 mil a oficiais de alfândega na China para ter descontos nos impostos. A SEC informou ainda que a Diageo pagou inadequadamente despesas de funcionários do governo.

 

Veículo: Valor Econômico


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