Pelo segundo trimestre consecutivo, as vendas da Coca-Cola no Brasil permaneceram estagnadas. No terceiro trimestre, a filial brasileira da multinacional americana registrou ligeiro aumento de 1% em volume, mesmo percentual observado entre os meses de abril e junho deste ano. No ano passado, entre julho e setembro, o crescimento havia sido de 13%.
Segundo relatório da Coca-Cola, essa situação sinaliza um ambiente de crescimento econômico moderado no Brasil, aliado à inflação crescente no preço dos alimentos. O resultado no país no terceiro trimestre é inferior ao observado na América Latina (alta de 7%) e no mundo (crescimento de 5%). Ainda assim, o Brasil foi destacado no relatório da companhia pelo desempenho em bebidas individuais e embalagens retornáveis.
As vendas líquidas da Coca-Cola mundial cresceram 45% no trimestre, para US$ 12,1 bilhões. O lucro líquido no mundo subiu 9%, para US$ 2,24 bilhões. Diluído por ação, o lucro saiu de US$ 0,88 para US$ 0,95. "Estamos satisfeitos com os resultados do terceiro trimestre", disse o executivo-chefe da Coca-Cola, Muhtar Kent. "Pelo sexto trimestre consecutivo, apresentamos desempenho em linha ou acima das nossas metas de crescimento de longo prazo."
A fabricante de bebidas apontou um aumento de 67% no custo do produto vendido no terceiro trimestre, para US$ 4,87 bilhões, em comparação ao período correspondente de 2010. As despesas gerais, de vendas e administrativas somaram US$ 4,5 bilhões, quase o dobro daquelas verificadas um ano antes.
Em bebidas gasosas, o aumento do volume global foi da ordem de 3%, apoiado por uma série de mercados como Índia, Argentina, China, México, França, Alemanha e Grã-Bretanha. O volume de bebidas no mundo subiu 9% no trimestre, liderado pelo incremento no portfólio, incluindo sucos, chás prontos para beber e águas.
Veículo: Valor Econômico