Grupo Vale Verde aumenta a produção e projeta alta de 25% no faturamento.


A valorização da cachaça artesanal no mercado brasileiro tem impulsionado os negócios do Grupo Vale Verde. Somente em 2011, o faturamento obtido com a comercialização da bebida deverá crescer cerca de 25%, passando dos R$ 3,6 milhões gerados em 2010 para cerca de R$ 4,5 milhões em 2011. A preocupação com a qualidade da cachaça e os investimentos na divulgação e diversificação dos itens são os principais fatores atribuídos à alta. Para o próximo ano, está previsto o lançamento de mais dois tipos de bebidas e um possível início de exportações.

Diante da maior apreciação do produto pelos consumidores, os representantes da Vale Verde resolveram investir no Espaço Degustação, que começou a funcionar este mês no parque ecológico do grupo, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com a gerente de marketing do grupo, Naiara Corrêa, o visitante que for ao parque vai conhecer mais sobre as diferenças e peculiaridades das principais cachaças artesanais do país e montar o próprio ranking, elegendo as cinco bebidas favoritas.

O Espaço Degustação vai expor e colocar à prova cerca de 50 marcas de cachaça artesanal, entre brancas e amarelas, de marcas que receberam importantes premiações no país. No local, os consumidores poderão aprender o trabalho do "cachacier", especialista em degustação de cachaça, e conhecer o universo da bebida, desde sua história até o processo de fabricação. A atração custa R$ 35 por pessoa e dá direito a cinco doses de cachaça.

"A maioria do público que visita o parque tem a Vale Verde como referência em cachaça. Mesmo assim, muitas pessoas não sabem a diferença entre uma cachaça de qualidade e outra inferior. Nossa ideia é ensinar como degustar a bebida, para que os visitantes possam saborear diferentes marcas e entender por que a Vale Verde é destaque no segmento", diz.

A demanda crescente pelos produtos da Vale Verde tem estimulado os investimentos no aumento da produção. O incremento no consumo é atribuído à mudança da imagem do produto, que não faz muito tempo era associado às classes socioeconômicas mais baixas. No entanto, há algumas décadas, ele tem perdido a rejeição e vem sendo considerado uma bebida requintada.

Somente neste ano, a produção, encerrada no final de outubro, alcançou cerca de 250 mil litros, contra 200 mil em 2010, alta de 25%. A cachaça fabricada na safra atual chega ao mercado em 2014, ano em que será realizada a Copa do Mundo. Devido ao evento é esperada alta na procura, principalmente se a cachaça artesanal for escolhida como a bebida oficial do evento.

Exportação - "Ainda não temos como estimar em quanto a demanda será ampliada durante a Copa do Mundo de 2014, mas já investimos para atender aos consumidores. O aumento na produção se deve aos projetos futuros do grupo que pretende ampliar, já em 2012, a participação nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Também estamos em negociação para exportar a cachaça artesanal no segundo semestre de 2012, porém não podemos ainda divulgar para quais países", afirma Naiara.

As expectativas em relação aos próximos anos são positivas. Além do aumento do consumo, é esperada valorização da cachaça artesanal. No início do próximo ano, serão lançados mais dois produtos Vale Verde, ampliando a linha para nove itens, que vão desde as cachaças tradicionais até a gelatina de cachaça.

Os consumidores da marca que visitam o parque ecológico do grupo conhecem o alambique Vale Verde e todo o processo de produção 100% sustentável da cachaça, da moagem da cana até o envelhecimento da bebida em tonéis de carvalho europeu, chegando à etapa final de degustação e comparação com as demais marcas. O espaço abriga o Museu da Cachaça, que conta com acervo de aproximadamente 2 mil garrafas, entre exemplares antigos e raros, além da coleção completa da marca Vale Verde.


Veículo: Diário do Comércio - MG