Aguardente produzida em Araguari já está em São Paulo, Rio e Brasília.
Uma mistura de cachaça, mel e limão em versão super premium voltada para exportação. Essa é a proposta da Cachaça B, idealizada pelos amigos e empresários Hendrick Wolf, Eduardo Jorge e do piloto Nelsinho Piquet. A bebida, que já chegou a São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, faz os últimos preparativos para entrar no mercado internacional.
Sem revelar os investimentos, o empresário Eduardo Jorge explica que foi gasto mais de um ano no projeto que envolveu o desenvolvimento do produto, da marca e a definição dos melhores parceiros. A escolha do alambique responsável pelo fornecimento da cachaça foi especialmente criteriosa. "Fizemos questão de que fosse a melhor cachaça do país, pois ela é a alma do produto. O nosso parceiro é da região de Araguari (região do Triângulo Mineiro), famosa por produzir as melhores", diz Eduardo Jorge, sem revelar o nome do parceiro. A Cachaça B é engarrafada em São Paulo, em embalagem importada da França. Direcionada para um público jovem, tem teor alcoólico de 21%, considerado baixo (as tradicionais ficam entre 38% e 54%) e deve agradar em cheio as mulheres.
Depois de testada no Brasil, a B deve desembarcar nos Estados Unidos até março de 2012, assim que todo o processo de autorizações exigidas pelo governo norte-americano esteja concluído. A intenção dos empresários é fazer no mercado externo um trabalho parecido com o que o governo mexicano fez nos anos de 1990 com a tequila. "Queremos mostrar que a cachaça é uma bebida tão sofisticada como a vodka ou a tequila e que pode ser consumida pura pelos paladares mais exigentes e não apenas na forma de drinks como a caipirinha", explica o empresário. O objetivo é que o produto passe a freqüentar as mesas com naturalidade e não mais como um item exótico e difícil de ser encontrado.
No Brasil, a estratégia da marca foi apostar na divulgação em eventos especiais e em pontos estratégicos como o Copacabana Palace, na cidade do Rio de Janeiro; e claro, estampada nos macacões de corrida de Nelsinho Piquet. Apesar de ser um desejo dos amigos, a chegada da B ao mercado mineiro e, especialmente, a Belo Horizonte, ainda não tem data marcada. "Queremos muito chegar a BH, mas para isso precisamos de tempo para nos dedicar, afinal é um público exigente e conhecedor. Mas agora estamos focados na nossa entrada nos Estados Unidos. Preferimos fazer as coisas com calma para que saia tudo perfeito", justifica.
Veículo: Diário do Comércio - MG