O governo do Paraná espera assinar na segunda-feira protocolo de intenção de investimento com a Ambev. A maior fabricante de cerveja do país não confirma a informação, mas o assunto está na agenda do governador Beto Richa (PSDB) e foi divulgado pelo secretário da Indústria e Comércio, Ricardo Barros, em reunião de balanço de atividades realizada há dois dias.
Desde o ano passado, a Ambev estuda ampliar a estrutura que possui no Estado do Paraná. Nesse período, a empresa vem analisando terrenos e a qualidade da água de Ponta Grossa, município que fica 115 quilômetros distante da capital.
O ICMS cobrado no Paraná, de 29%, sempre foi apontado como entrave. Não só para a Ambev, mas também outras fabricantes, como a Heineken, que já tem unidade em Ponta Grossa, e a Schincariol.
Em julho deste ano, o secretário da Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, disse ao Valor que a alíquota de ICMS não seria reduzida, mas que estava sendo negociada a postergação do seu pagamento, que poderia ir além de um ano.
Hauly, consultado ontem, não confirmou avanços nas discussões e nem se o Estado vai reduzir a alíquota. "Se isso acontecer, vai ser uma revolução", comentou o secretário de Indústria e Comércio de Ponta Grossa, João Luiz Kovaleski. Ele diz que não foi convidado para a reunião de segunda-feira, mas está "na expectativa" da confirmação do investimento.
Em meados do ano, a fábrica prevista pela Ambev para o Paraná, para produzir cerveja e refrigerante, estava orçada em R$ 200 milhões. A empresa tem duas fábricas no Paraná, uma no centro de Curitiba, destinada à produção de cerveja, e uma em Almirante Tamandaré, na região metropolitana da capital, onde faz refrigerantes.
Veículo: Valor Econômico