Multinacional promoveu lançamento da pedra fundamental da construção da fábrica.
A Coca-Cola Femsa, empresa do grupo Fomento Econômico Mexicano S/A (Femsa), lançou ontem a pedra fundamantal da sua nova planta de refrigerantes no Estado, localizada em Itabirito, na região Central. Os investimentos na unidade, que proporcionará um ganho produtivo de 47% em relação à fábrica da empresa na Capital, chegam a R$ 250 milhões.
O governador Antonio Augusto Anastasia, que esteve presente na cerimônia de lançamento da pedra fundamental da construção, disse que o empreendimento "é um símbolo do grande esforço do governo do Estado para diversificar a economia". "A inserção da Coca-Cola no Estado, especificamente em Itabirito, vai alavancar a produção da empresa sob a tutela do conceito de sustentabilidade. Isso é um motivo de orgulho para Minas", afirma.
O presidente da empresa no Brasil, Ricardo Botelho, explica que a decisão de alocar a planta em Itabirito foi amparada por uma série de aspectos técnicos, como o acesso à malha rodoviária, logística para escoamento da produção, área e questões ambientais. "A unidade representa um marco para a presença da Coca-Cola Femsa no Brasil e em Minas", destaca.
Botelho revela que o start up da primeira linha de produção - de um total de sete - da nova unidade fabril pode ocorrer já no último trimestre de 2012, mas a construção da planta só deve ser concluída em 18 meses, com início das operações, em sua totalidade, programado para meados de 2013. Em 2015, a fábrica deve atingir sua capacidade plena de uma produção anual de 2,1 bilhões de litros de refrigerantes.
A plataforma vai ser erguida em um terreno de aproximadamente 300 mil metros quadrados, às margens da BR-040, doado pela municipalidade à empresa. Aliás, em nível municipal, segundo o prefeito de Itabirito, Manoel da Mota Neto, esse foi o único benefício concedido pela prefeitura. Todas as linhas e embalagens de refrigerantes da marca Coca-Cola serão produzidos na unidade. "A fábrica trará uma nova realidade econômica para o município", ressalta.
Distribuição - Conforme as previsões da empresa, durante as obras serão gerados cerca de 800 empregos diretos e indiretos. Após o início das atividades as duas plantas - a da região Noroeste da Capital e a de Itabirito - continuarão operando simultaneamente por dois anos. Nesse período, gradativamente, a antiga unidade de Belo Horizonte será transformada em um centro de distribuição, o maior da empresa no Estado.
" claro que isso vai exigir uma reestruturação da fábrica de Belo Horizonte. Os projetos estão em adamento e o orçamento ainda não foi definido", explica o presidente da Coca-Cola Femsa no Brasil. Botelho enfatiza, ainda, que a localização da plataforma é privilegiada e, portanto, capaz de atender os mais de 100 mil pontos de venda da empresa em Minas Gerais.
A necessidade de uma nova planta fez-se vital para as operações da empresa a partir do momento em que a fábrica de Belo Horizonte passou a operar a plena carga e não havia mais espaço físico para novas ampliações. A unidade fica às margens do Anel Rodoviário, o que facilita o escoamento da produção não somente para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), mas para todo o Estado.
A Coca-Cola ainda não fechou o número exato de funcionários que a planta de Itabirito demandará para sua operação, mas, conforme Botelho, o efetivo será de aproximadamente mil trabalhadores. Parte será transferida da planta de Belo Horizonte. Atualmente, a empresa emprega, em todas as operações no Estado, 3,5 mil pessoas.
Veículo: Diário do Comércio - MG