Cinco cachaças de alambique das cidades de Itabirito e Ouro Preto, de quatro marcas diferentes, foram certificadas em 2011. O procedimento, realizado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), atesta a qualidade do produto.
As cachaças são produzidas artesanalmente, com fermento natural, e destiladas em alambique de cobre. Para obter a certificação, é necessário, primeiramente, aderir ao projeto junto ao IMA e optar pelo sistema produtivo da cana (orgânico, sem agrotóxico ou convencional). Mas as cachaçarias só são certificadas se o processo de produção utilizado atender aos procedimentos de boas práticas, adequação social e responsabilidade ambiental.
Produtor da cachaça Senhora do Engenho, de Itabirito, Paulo Eduardo Gonçalves Simões já seguia padrões de qualidade que atenderam aos requisitos do IMA e, após aderir ao projeto, recebeu a certificação. "A análise da minha cachaça mostrou que eu já trabalhava dentro dos padrões, então fui certificado. Agora faltam poucos procedimentos de controle para eu conseguir o selo do Inmetro", conta ele, que já considera o certificado do IMA uma prova de qualidade. " um selo muito importante, fornecido pelo Governo do Estado. um atestado de qualidade indiscutível" define.
A Senhora do Engenho é produzida desde 2004, mas só entrou no mercado em 2008 e, hoje, tem uma produção anual de 5 mil litros. "Minha produção é pequena exatamente para não perder a qualidade", comenta Simões, que pretende lançar, ainda este ano, uma nova cachaça com cinco anos de envelhecimento.
Para o diretor geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, o programa de certificação da cachaça traz vantagens para produtores, exportadores e consumidores. "A certificação é uma maneira de atestar a qualidade e agregar valor ao produto, tão popular em Minas, mas que ganha novos mercados através do programa de certificação. O que gera também maior competitividade dos produtores, garante a qualidade da bebida e propicia melhores opções aos consumidores finais", destaca.
Desde o início do programa de certificação do Estado, em 2008, receberam o certificado 176 estabelecimentos, sendo 221 em 2011. A expectativa para 2012 é DE que o número de cachaças certificadas em Minas aumente em pelo menos 10%. As marcas de cachaças de alambique certificadas em 2011, em Itabirito e Ouro Preto, foram Lukana, Cachaça de Minas, Cachaça Pé de Morro, Senhora do Engenho Prata e Senhora do Engenho Ouro.
Veículo: Diário do Comércio - MG